Casos da rabdomiólise, conhecida como “doença da urina preta”, que está associada ao consumo de peixes, estão sendo investigadas em três estados brasileiros, principalmente no Amazonas, onde já foram notificados 61 casos suspeitos. De acordo com a epidemiologista Rosemary Costa Pinto, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, não há tratamento específico para a doença.
Ainda de acordo com ela, a rabdomiólise é uma síndrome que decorre da lesão muscular, com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea.
“Ela ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado”, afirmou por meio de publicação da fundação.
Entre os casos notificados no Amazonas, foi detectada a ingestão prévia de peixes seguida de sintomas como palpitação e rigidez muscular, boca seca, náusea, vômitos, dor no tórax, mal-estar, dispneia (falta de ar) e febre, informou a secretaria.
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COMO EVITAR A DOENÇA DA URINA PRETA?
– Evitar comer peixes crus;
– Não consumir peixes ou crustáceos de origem, transporte ou armazenamento desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja procedência ofereça segurança;
– Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames;
– Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta. Neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas;
– Não é indicado uso de anti-inflamatórios;
– Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas;
– Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença;
– Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos