11 de dezembro de 2024
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Tudo Saúde

Jogar xadrez diminui risco de demência? Saiba o que diz a ciência

Estudo mostrou que hábitos que estimulam a mente podem reduzir o risco de demência em até 11%

 

Escrever cartas, ter aulas, jogar xadrez, palavras-cruzadas ou montar quebra-cabeças podem reduzir o risco de demência em até 11% na velhice. A informação foi publicada na revista científica Jama, que mostrou que os hábitos que estimulam a mente são grandes aliadas da saúde mental na longa idade.

A pesquisa analisou 10.318 australianos saudáveis acima de 70 anos. A seleção considerou que os participantes não apresentassem comprometimento cognitivo no momento em que fizeram a inscrição no estudo, entre março de 2010 e dezembro de 2014.

Os pesquisadores analisaram os dados a partir do fim do ano passado considerando os riscos de demência em dez anos desde o início do estudo. Os cientistas isolaram outras variáveis como educação, nível socioeconômico, e outros aspectos de saúde. 

  

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De acordo com a pesquisa da American Medical Association, aqueles idosos que frequentemente escreviam cartas ou escreviam no diário, usavam o computador e assistiam a aulas apresentaram um risco 11% menor de desenvolver demência. Já aqueles que frequentemente jogavam xadrez, baralho, faziam palavra cruzada e montavam quebra-cabeças apresentaram um risco 9% menor de demência.

“Esses resultados sugerem que o engajamento no letramento de adultos, arte criativa e atividades mentais ativas e passivas podem ajudar a reduzir o risco de demência na terceira idade”, diz a pesquisa.

Os pesquisadores citam que, em 2022, 55 milhões de pessoas apresentavam demência em todo o mundo. A estimativa é de que, a cada ano, cerca de 10 milhões de novos casos sejam identificados

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Os responsáveis pela pesquisa indicam que adotar hábitos que estimulem a mente desde a infância contribuem para reduzir a prevalência da doença. Nesse sentido, a educação infantil tem um impacto positivo considerável. 

PEQUENOS HÁBITOS

O estudo destaca ainda que a adoção de pequenos hábitos mentalmente estimulantes na velhice é um fator que pode alterar significativamente as perspectivas. “Para os mais velhos, o enriquecimento do estilo de vida pode ser particularmente importante, porque pode ajudar a prevenir a demência por meio de modificações nas rotinas diárias.” 

ALTA DE ÓBITOS

Um levantamento inédito feito pelo Estadão com base em dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde, revelou em maio que entre 2012 e 2022 o total de óbitos associados a demências aumentou 107% no País, passando de 15,6 mil para 32,4 mil – o equivalente a quase quatro mortes por hora. 

  

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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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