A chegada do Carnaval pode vir acompanhada de uma convidada não tão agradável, a mononucleose, mais conhecida como a doença do beijo. A infecção pode ser confundida com outros quadros infecciosos, ao provocar dor de garganta e febre.
LEIA MAIS
Vai ter vacina da dengue no SUS?
O que é a doença do beijo?
A mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo, é uma doença contagiosa causada por um vírus da família do herpes chamado vírus EBV (Epstein-Barr), que é transmitido através da saliva.
Segundo a entrevista da médica infectologista, Clarissa Cerqueira, ao Correio, a maior parte dos pacientes é adolescente, mas também há casos de pessoas na faixa dos 40 anos com a doença. “Os pacientes têm queixas de febre persistente, dor no corpo e de garganta, além de aumento dos linfonodos (ínguas)”, diz a médica.
Como se pega a doença do beijo?
A imensa maioria das pessoas tem contato com o vírus nos primeiros anos de vida e desenvolvem um quadro bem leve, que muitas vezes pode ser confundido por um resfriado simples. Essas crianças contaminadas curam-se espontaneamente e adquirem imunidade para o resto da vida. Menos de 10% das crianças que se contaminam com o Epstein-Barr desenvolvem sintomas relevantes.
Além do beijo, a mononucleose também pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos, como copos e talheres, ou qualquer outro modo no qual haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.
Quais são os sintomas da doença do beijo?
A doença mononucleose tem sintomas clássicos de febre alta, dor de garganta, prostração e aumento dos linfonodos do pescoço, geralmente ocorre na adolescência ou início da vida adulta, quando alguém que conseguiu passar a infância sem ser contaminado finalmente entra em contato com o vírus.
Os sintomas típicos da mononucleose clássica são:
- Febre: presente em 98% dos casos
- Aumento dos linfonodos do pescoço: presente em mais de 99% dos casos
- Dor de garganta: presente em 85% dos casos
Outros sintomas inespecíficos, como dor de cabeça, dores musculares e cansaço, também são comuns.
O acometimento do fígado não é incomum, podendo levar a um quadro de hepatite com icterícia em até 20% dos casos. Outras complicações descritas, porém, menos comuns, são a síndrome de Guillain-Barré e a paralisia facial.
Qual a cura da doença do beijo?
A doença do beijo não tem cura. Não existe um tratamento específico, mas os sintomas podem ser tratados com medicamentos para aliviar os sintomas. A doença geralmente se resolve sozinha em até duas semanas.
LEIA TAMBÉM