Até o dia 27 de agosto, o Brasil tinha registrado 836 casos, confirmados ou prováveis, de Mpox no ano. As estatísticas apontam que o estado de São Paulo tem 51,5% dos registros, 427 casos. Apesar de não haver indícios de uma nova variante circulando pelo país, a alta no número de diagnósticos tem feito com que as pessoas procurem saber mais sobre a vacina contra a Mpox.
Onde tomar vacina contra Mpox no Brasil?
O imunizante contra a mpox está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde), mas a estratégia de vacinação prioriza as pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. Essa definição foi feita em conjunto com representantes dos conselhos municipais e estaduais, diante da avaliação técnica e científica de especialistas. Essas pessoas devem procurar as informações na secretaria de saúde de sua cidade para saber onde encontrar as doses. Veja os grupos prioritários
Quem deve tomar a vacina contra Mpox?
Vacinação Pré-exposição:
- Pessoas vivendo com HIV/aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
- Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.
- Pessoas na estratégia PrEP nas unidades de saúde municipais.
Pós-exposição:
- Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local.
Esquema vacinal
O esquema vacinal prevê duas doses com intervalo de quatro semanas entre elas.
O imunizante não deve ser aplicado concomitante com a vacinação covid-19, sem intervalo minimo.
Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas mais comuns da doença são
- Erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. Ela pode surgir no rosto, nas palmas das mãos, nas solas dos pés, na virilha, nas regiões genitais e/ou anal.
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dores nas costas
- Apatia
- Gânglios inchados
O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
Como é a transmissão?
Pessoas com mpox são consideradas infecciosas até que todas as lesões tenham formado crostas e essas crostas caiam, formando uma nova camada de pele. A doença também pode ser transmitida enquanto as lesões nos olhos e no restante do corpo (boca, garganta, olhos, vagina e ânus) não cicatrizarem, o que geralmente leva de duas a quatro semanas.
É possível que o vírus persista por algum tempo em vestimentas, roupas de cama, toalhas, objetos, eletrônicos e superfícies que tenham sido tocadas por uma pessoa infectada. Outra pessoa que toque nesses objetos pode adquirir o vírus se tiver cortes ou escoriações ou mesmo ao tocar olhos, nariz, boca e outras membranas mucosas sem antes lavar as mãos.
A Mpox pode ser transmitida durante a gravidez, da gestante para o feto, e durante ou após o parto, através do contato pele a pele. Não está claro se as pessoas que não apresentam sintomas podem propagar a doença.
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