O emprego na indústria teve um recuo de 0,1% em agosto, em comparação com julho. O resultado quebra uma sequência de três altas seguidas. Os índices foram divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta terça-feira (4). Se comparado a agosto do ano passado, há um crescimento de 1,7%. “O comportamento é interpretado como uma acomodação após um período de crescimento que, em linhas gerais, vinha em curso desde o segundo semestre de 2020”, acrescentou a entidade.
Com o recuo no emprego, a massa salarial real da indústria também caiu 0,5% em agosto ante julho, mas ainda acumula um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês de 2021. O rendimento médio real do trabalhador do setor recuou 0,6% no mês, mas tem avanço de 4,0% na comparação anual.
O dado mais negativo vem da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) das fábricas, que recuou pelo quinto mês consecutivo. A queda em agosto foi de 0,3 ponto porcentual, para 79,9%. Desde março do ano passado, a UCI do setor estava acima dos 80%. “Aos poucos, a indústria vem contornando o problema de falta e alto custo de insumos e matérias-primas, reduzindo a pressão sobre a produção”, comentou a CNI.
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RESULTADOS POSITIVOS
As indústrias brasileiras faturaram mais em agosto, 0,2% em comparação com julho. É o quarto crescimento consecutivo do setor. Na comparação com agosto de 2021, o saldo é ainda melhor, um aumento de 7,5%. Também apresentou crescimento as horas trabalhadas na indústria. Houve um incremento de 3,5% na comparação de agosto com o mês anterior, já se o índice for comparado com agosto do ano passado, o aumento é de 9,2%.
“O índice vinha mostrando tendência de alta desde 2021, registrou queda significativa em abril e retomou a trajetória de alta nos meses seguintes. Destaca-se ainda que esse crescimento das horas trabalhadas vem ocorrendo a partir de um patamar relativamente alto, o que levou o índice a valores próximos ao registrado em 2015”, destacou a CNI.
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