Nesta quarta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pretende negociar o imposto da carne. De acordo com ele, é preciso mediar a tributação que incidirá sobre o produto na regulamentação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária, diferenciando cortes populares daqueles considerados de “alto padrão”.
Imposto da carne vai aumentar?
A PEC da reforma tributária pretende reduzir em 60% do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para cortes suínos, bovinos, caprinos, ovinos, e de aves. Além disso, algumas espécies de peixes também deve ter redução de alíquotas. Porém, outros terão cobrança da taxação cheia, como salmão, atum, bacalhau e outros. O mesmo deve valer para frutos do mar como lagosta e moluscos.
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“Nós estamos discutindo várias coisas. Vamos discutir na reforma tributária quais os itens que a gente quer que não pague imposto e quais a gente quer. Na questão da carne, os empresários querem que você isente tudo. Acho que a gente tem que mediar. Tem a carne que é consumida só por gente de padrão alto e tem a carne que o povo consome todo dia –pé de frango, pescoço de frango, peito de frango. Pode fazer a separação. Não vamos taxar o frango, é o que o povo come todo dia”,
afirmou Lula em entrevista ao UOL.
Apresentada em abril, a PEC do governo pretende diferenciar a tributação de alguns regimes em relação à alíquota padrão.
No momento, a Câmara dos Deputados analisa dois Projetos de Lei Complementares sobre o tema, que devem ser votados antes do recesso em 18 de julho.
O que está acontecendo na Bolívia?
Nesta quarta, soldados e veículos militares tomaram o controle da Plaza Murillo, em La Paz, por algumas horas. Em seguida, eles entraram no Palácio Quemado, sede do governo, liderados pelo general Juan José Zúñiga, que na terça-feira (25), havia ido à TV afirmar que Morales não poderia voltar ao país. O ex-presidente lidera as pesquisas para a eleição presidencial boliviana em 2025.
“Não creio que ele vá ser eleito legalmente, pois está inabilitado”, disse Zúniga. “Esse senhor não pode mais voltar a ser presidente deste país.”
Durante o discurso, Zuñiga chegou a afirmar que o papel das forças armadas sob seu comando é de cumprir a Constituição e que ele se comprometia em fazer cumprir a inelegibilidade de Morales “com todas as ferramentas e os instrumentos que nos outorgam a Constituição”. (Leia a matéria completa aqui)
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