Os preços da Shein estão cada vez mais alinhados com o mercado brasileiro. Esta conclusão é resultado de um estudo do BTG Pactual sobre o varejo de moda no Brasil. Com o novo sistema de importação para compras no exterior, as aquisições na plataforma chinesa tornaram-se menos competitivas, aproximando-se dos valores praticados por concorrentes brasileiros, segundo analistas do banco.
Itens como calças jeans, camisetas, jaquetas, moletons, saias, vestidos, bolsas e botas estão na lista de compras usada pelo BTG Pactual para comparar a Shein com três grandes nomes do varejo de moda no Brasil: C&A, Renner e Riachuelo.
A pesquisa revela duas conclusões importantes:
1) comprar na Shein ficou mais caro;
2) ainda assim, continua sendo mais acessível comprar na plataforma chinesa.
Conforme o relatório, a lista de compras na Shein é 26% mais econômica do que na Renner, 22% mais barata do que na Riachuelo e 17% inferior em relação à C&A. Em abril, quando a mesma pesquisa foi conduzida, os preços da Shein eram 40% menores que os praticados pela Renner. O relatório observa que a diferença de preços entre a Shein e as outras empresas diminuiu desde então.
O BTG Pactual também ressalta que essa vantagem da Shein pode encolher ainda mais. Os analistas do banco lembram que a plataforma chinesa manifestou a intenção de produzir 80% das vendas em solo brasileiro e importar apenas 20% da China. “Combinado com um possível aumento na taxação, incluindo um aumento no imposto de importação, isso poderia resultar em uma competição mais equitativa com os produtores e varejistas locais, o que poderia levar a preços mais altos”, destaca o relatório.
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Em 2022, o BTG estima que a Shein alcançou R$ 7 bilhões em vendas no Brasil. Como ponto de comparação, a Renner divulgou vendas líquidas de R$ 11,5 bilhões no mesmo período.
Com a implementação do novo programa “Remessa Conforme,” compras em plataformas como a Shein, Aliexpress e Shopee estão isentas de tributação em pacotes de até US$ 50. Valores acima desse limite passam a estar sujeitos a um imposto de importação de 60%. Além disso, a plataforma da Receita Federal oferece condições para a cobrança do ICMS estadual, o que antes não era aplicado nesse tipo de operação.