O governo anunciou que pretende, em conjunto com as companhias aéreas, encontrar soluções que viabilizem a redução no preço das passagens aéreas no país. Representantes da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, e da Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos), Marcelo Pedroso, reuniram-se em Brasília com a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, para tratar de ações que possam reduzir custos operacionais do setor e, ao mesmo tempo, dar oportunidade de mais brasileiros utilizarem o avião como meio de transporte em suas viagens.
“Precisamos construir juntos aos órgãos competentes soluções para reduzir os altos preços das passagens aéreas e possibilitar que mais brasileiros voem pelo país. Ações como essa são fundamentais para criarmos bases sólidas de fortalecimento do turismo brasileiro, um dos resultados esperados da missão a mim confiada pelo presidente Lula”, destaca Daniela Carneiro.
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Entre os itens da pauta estiveram as atuais políticas de precificação do combustível e tributária incidentes sobre o segmento, que é responsável pelo deslocamento de mais de 90 milhões de pessoas no Brasil – número antes da pandemia de Covid-19.
Para se ter uma ideia da queda de braço que o governo e as companhias aéreas têm para conseguir reduzir efetivamente os preços das passagens, o setor é impactado diretamente pelo valor do dólar frente ao real e ainda por preços regidos pelo mercado internacional como o dos combustíveis e de peças. Internamente, as companhias aéreas são afetadas pelos tributos, além de taxas.
Um levantamento do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) mostrou que os preços das passagens aéreas nacionais aumentaram 55%, em média, de janeiro a setembro de 2022, em comparação ao mesmo intervalo de 2021.
Segundo a Abear, a melhoria no ambiente de negócios no país pode resultar na redução de 17% do preço do querosene utilizado na aviação. Atualmente, combustíveis e lubrificantes representam 39% dos custos de um bilhete aéreo. Assim, uma eventual diminuição nestes custos poderia impactar positivamente os valores pagos pelo cidadão.
Também foram tratados temas como o fomento à aviação regional, conectando mais cidades pelo país, além da realização de investimentos na promoção de destinos pouco conhecidos.
“Nos colocamos à disposição dos dois ministérios para, num esforço colaborativo, estimular a criação de políticas públicas voltadas ao turismo e para enfrentar a alta dos custos estruturais da aviação”, disse Sanovicz, presidente da ABEAR. “Estamos à disposição para contribuir, trazer a expertise internacional e auxiliar no desenvolvimento do turismo e para que tenhamos uma aviação mais robusta”, disse Marcelo Pedroso, diretor de Relações Externas da Iata.
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