O céu da região do Hemisfério Sul, onde está o Brasil, está com um diferencial no céu desde o dia 1º de fevereiro. Trata-se do Cometa Verde, que vai poder ser visto até sexta-feira (10) mas há algumas condições para poder conseguir admirar este fenômeno.
Para conseguir ver, é necessário “horizonte norte livre” e depende também das condições climáticas. Por exemplo, caso esteja nublado ou chuvoso já torna o processo difícil de ver o cometa verde. De acordo com o astrônomo do Observatório Municipal de Campinas, Júlio Lobo, em entrevista ao G1 Campinas afirmou que os cometas são astros imprevisíveis.
“Se você tiver uma pequena luneta ou um pequeno binóculo (de 7×50, 10×50 ou 12×50) você consegue observar uma manchinha como se fosse uma porção de algodão, ela se move muito lento”, afirmou Lobo.
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Já o professor de física da Unifei (Universidade Federal de Itajubá) e doutor em astrofísica pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Gabriel Hickel, o Cometa Verde esteve próximo do planeta há 50 anos.
“Estima-se que o C/2022 E3 ZTF leve cerca de 50 mil anos para completar a sua órbita. Isto significa que a última vez em que ele passou próximo ao nosso planeta foi há cerca de 50 mil anos, quando o homo sapiens iniciava suas migrações para fora da África e os Neandertais ainda dominavam a Europa e Ásia. Por isso, parte da imprensa europeia o chamou de “cometa dos neanderthais”, diz.
COMO SURGE UM COMETA?
De acordo com o astrônomo, cometa é uma grande rocha coberta de “gelo sujo”, porque outros materiais estão embutidos em sua composição. No caso do Cometa Verde, é o cianeto que concede a coloração esverdeada e nele, também há presença de nitrogênio, gás carbônico e poeira.
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