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CotidianoComerciantes denunciam ameaças na região central de Araraquara

Comerciantes denunciam ameaças na região central de Araraquara

Casos têm acontecido no entorno da Praça Santa Cruz por parte de usuários de drogas; Estado e Prefeitura apontam medidas para solucionar o problema

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Comerciantes da Praça denunciam ameaças no local  (Foto: Milton Filho/ acidade on)
Comerciantes da Praça denunciam ameaças no local  (Foto: Milton Filho/ acidade on)

Comerciantes e empresários da região central de Araraquara estão organizando um abaixo-assinado pedindo por mais segurança no entorno da Praça Santa Cruz. Eles denunciam ameaças por parte de usuários de drogas que se abrigam nas proximidades.

A expectativa é conseguir ao menos cem assinaturas. O documento deve ser apresentado ao Ministério Público em busca de alguma solução.
 

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O acidade on conversou com comerciantes instalados em quiosques na praça, mas que preferiram não dar entrevista. Eles admitiram as ameaças que têm sofrido sempre que se recusam a dar dinheiro a dois homens que se abrigam ali.

Segundo os trabalhadores, além de usarem facas, usuários de drogas também ameaçam atear fogo nos quiosques. Inclusive, na última quarta-feira (31), cinco comerciantes testemunharam um caso de ameaça e procuraram pela Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência.

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Uma das vítimas, de 34 anos, contou que os suspeitos constantemente fazem ameaças, como “me dá dinheiro, se não eu vou tacar fogo, vou te matar, vou acabar com seu quiosque, vou me vingar”, detalhou.

 

 Prefeitura promete ações integradas para solucionar o problema (Foto: Milton Filho/ acidade on)
 Prefeitura promete ações integradas para solucionar o problema (Foto: Milton Filho/ acidade on)

Para o empresário Ronaldo Alves Pestana, 40, que tem uma loja de moda íntima e perfumaria nas proximidades da praça, o movimento de clientes naquela região caiu por conta da falta de segurança.
 

Afastou uns 70% dos clientes que não frequentam mais por causa disso. Antes, a gente conseguia vender bem e até tirar o dinheiro do aluguel, hoje, tem que acrescentar o dinheiro do aluguel devido ao pessoal usar droga ali e não deixar a gente trabalhar”, avaliou.

O empresário Fernando Hiroshi Chiba, 62, dono de uma loja de acessórios, disse que a situação na praça começou a sair do controle há quatro anos aproximadamente. Segundo ele, a loja foi furtada duas vezes em quatro meses – algo que nunca tinha acontecido desde que abriu o estabelecimento há 23 anos.
 

Tinha muita família que vinha aqui, passeava, mas, agora, o povo tem medo de ficar na praça. Então, afugentou bastante gente e eu tenho vários clientes que falam que tem medo de vir na minha loja porque o pessoal vem, chega intimando a dar dinheiro”, explicou.

Além das ameaças e dos transtornos, os relatos de furtos de mercadorias também têm sido constantes. “É uma pena! Uma praça tão bonita e as pessoas com medo de frequentar. Muitos clientes meus, principalmente, mulheres, não vêm mais porque tem medo de assalto. Inclusive, nesta noite, arrombaram a porta e entraram aqui”, disse um comerciante que está há 23 anos na região, mas prefere não se identificar.
 

FALA, ESTADO

Procurada, a secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que está atenta às denúncias e que trabalha para aumentar a sensação de segurança em toda a cidade de Araraquara, incluindo a Praça Santa Cruz, onde o policiamento foi intensificado. 
 

A Polícia Militar realizou, juntamente com a Prefeitura da cidade, reuniões acerca dos problemas na região central, definindo algumas ações integradas entre os órgãos”, informou. “A Praça Santa Cruz também conta com um Ponto de Estacionamento de Unidade de Serviço da PM, sendo prevista a realização de oito períodos de parada no local ao longo do dia”, completou.

Sobre o Boletim de Ocorrência registrado pelos comerciantes, a SSP informou que “as investigações seguirão pela Central de Polícia Judiciária de Araraquara”.

Local se tornou abrigo para moradores em situação de rua e usuários de drogas (Foto: Milton Filho/ acidade on) 
Local se tornou abrigo para moradores em situação de rua e usuários de drogas (Foto: Milton Filho/ acidade on) 

FALA, PREFEITURA

Em nota, a secretaria municipal de Assistência e Desenvolvimento Social esclareceu que acompanha cotidianamente a situação das pessoas em situação de rua na Praça Santa Cruz e tenta estabelecer vínculos por meio de abordagens das equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS).

Segundo o município, na última quarta-feira (31), a secretaria realizou uma reunião com a equipe do Centro-Pop/SEAS e representantes da Guarda Civil Municipal e da secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade para definição de uma ação conjunta. 

A secretaria municipal de Obras e Serviços Públicos e o Centralizado também foram comunicados das deliberações da reunião.
 

Além do trabalho das equipes do SEAS de nova tentativa de sensibilização e orientação da população em situação de rua, serão realizadas nesta ação, que deverá ocorrer nos próximos dias, a remoção de lixo branco, galhadas, folhas, além de poda pela equipe do Meio Ambiente. Equipes da Coordenadoria de Serviços Públicas farão a remoção de inservíveis diversos e equipes do Centralizado farão a lavagem do local com caminhão pipa. A GCM estará acompanhando e apoiando a ação”, detalhou.

“Vale ressaltar que a equipe SEAS mantém ações recorrentes na tentativa de estabelecer vínculos com as pessoas ali alocadas, oferecendo os serviços de acolhimento e assistência, porém são dependentes de substâncias psicoativas que, muitas vezes, reagem de forma agressiva à tentativa de abordagem social”, finalizou.

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