Servidores técnico-administrativos da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (18) nas três unidades de Araraquara. O ato cobrou da reitoria o mesmo salário praticado por outras universidades públicas pela mesma função desempenhada.
O Sintunesp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp) aponta um desequilíbrio salarial de 47% entre os salários pagos pela Unesp e USP (Universidade de São Paulo), por exemplo. Para servidores com Ensino Médio II, a diferença chegaria a R$ 2,1 mil.
Já estamos há algumas décadas com essa defasagem salarial com relação aos servidores técnico-administrativos da USP e Unicamp [Universidade de Campinas]. De 2015 até 2020 tivemos congelamento de salários e ficou muito discrepante essa diferença”, disse o assistente de suporte acadêmico e diretor de base do Sintunesp, Caio Perego.
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O campus das Faculdades de Ciências e Letras e Ciências Farmacêuticas concentrou a maior adesão, com cerca de 100 servidores, docentes e estudantes. No Instituto de Química e na Faculdade de Odontologia, 15 e 60 pessoas se reuniram, respectivamente.
A paralisação aconteceu no mesmo dia em que reitoria e sindicato se reuniram para discutir o assunto. A reunião terminou no início da tarde com a sinalização de que um novo encontro deve acontecer na segunda semana de agosto, que pode iniciar ou não a primeira etapa da equiparação salarial.
Segundo Caio Perego, a reitoria teria alegado que a arrecadação do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] de junho foi favorável, mas que a universidade preferiu aguardar como o cenário econômico se comportará até o final de julho. “Em 2023 estão dispostos a realizar somente esta primeira etapa e deixar o restante pra ser planejado em 2024”, comentou o diretor.
Para o Sintunesp, a universidade “tem folga financeira, inclusive, por haver construído sólidas reservas a partir, também, das perdas salariais de seus servidores técnico-administrativos e docentes dos últimos anos, da ausência de contratações, da ausência de isonomia
para os técnico-administrativos.”
O sindicato disse ainda que a atual gestão da reitoria estava se mostrando disposta a negociar com a categoria, mas, em dezembro de 2022, não cumpriu a palavra de uma primeira etapa dessa equiparação, alegando ser necessário aguardar a mudança da gestão do governo estadual.
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