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A chuva que atingiu Araraquara na última sexta-feira (27) deixou uma família desalojada após parte da casa desabar com a força da enxurrada na Avenida Professor Jorge Correa, no bairro Santana. Ninguém se feriu; no entanto, após uma vistoria técnica realizada pela Defesa Civil neste sábado (28), o imóvel foi interditado, e os moradores buscam forças para recomeçar.
A estimativa do órgão municipal apontou que a chuva começou por volta das 16h e acumulou 49,8 milímetros em um intervalo de aproximadamente 50 minutos. Informações preliminares apontaram que 70 árvores de grande porte caíram, inclusive sobre residências.
A ocorrência mais grave foi no Santana, onde a força da enxurrada arrastou um veículo, que parou na frente do portão de uma residência, direcionando toda a água para dentro dela, derrubando muros e fazendo com que a estrutura parcialmente desabasse.
“Os três alagamentos que ocorreram foram nessa avenida, a força das águas adentrou em um dos imóveis, e a água acabou buscando saída, atingindo três casas, derrubando muros até chegar até a última, onde derrubou a casa parcialmente”, explicou.
Luiz Dell’Acqua, coordenador da Defesa Civil de Araraquara
“É um cenário de restabelecimento, estamos retirando os escombros do que desabou, a Prefeitura está com toda sua equipe aqui empenhada para que se faça a limpeza e o restabelecimento da normalidade, se é que é possível fazer isso”, completou.
Luiz Dell’Acqua, coordenador da Defesa Civil de Araraquara
Emocionada, Patricia Quaglia, de 39 anos, relatou o momento de tensão vivido por seu pai e demais familiares durante a forte chuva. Além das perdas materiais que ainda estão sendo contabilizadas, parte da criação de pássaros que existia no imóvel não resistiu.
“Estava trabalhando e recebi uma ligação do meu irmão mais velho falando sobre o que ocorreu, que a casa dos meus pais tinha caído. Vim correndo para cá, me deparei com tudo caído, meu pai, a Bete e meu irmãozinho de oito anos muito abalado. Ele pegou a galinha de estimação e colocou no banheiro, graças a Deus salvou ela”, relatou emocionada.
Patrícia Quaglia, vendedora, 39 anos
“É muito difícil, fomos criados nessa casa, tenho um filho de 13 anos e ele nasceu aqui. Meu pai, meu tio, minha prima, todos são pessoas honestas, que pagam seus impostos e são trabalhadores. Somos humildes sim, mas honestos”, emendou.
Patrícia Quaglia, vendedora, 39 anos
Além da casa que precisará ser completamente recuperada, a família perdeu roupas, eletrodomésticos e alimentos que estavam armazenados. Com isso, eles buscam forças para recomeçar e estão abertos para receber todo tipo de contribuições.
“Seria mais o material de construção, porque a Prefeitura agora disponibilizou a máquina para destruir tudo, e vamos começar do zero. E cesta básica também, porque eles vão ficar em outra casa. Pode entrar em contato comigo no (16) 99635-1790”, finalizou.
