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CotidianoColunistasA importância dos partidos políticos em uma democracia

A importância dos partidos políticos em uma democracia

sabemos o que são os partidos e qual sua função em uma democracia?

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Debandada nos partidos de Ribeirão
Partidos políticos vivem em crise na democracia  

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Dados divulgados pelo Instituto da Democracia e Democratização da Comunicação, do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) de 2018 revelam 77,8% dos brasileiros não confiam nos partidos políticos. Esse dado confirma estatísticas de pesquisas anteriores e revela que, em geral, as pessoas tendem a desconfiar dos partidos ou mesmo acreditar que seu papel em uma democracia é irrelevante e que os representantes poderiam muito bem exercer suas funções sem a existência dos partidos. Contudo, vale a perguntas: sabemos o que são os partidos e qual sua função em uma democracia? 

Para compreender a importância dos partidos políticos em uma democracia é importante saber, primeiramente, que a democracia, palavra derivada do termo grego demokratia, em linhas gerais, é um sistema de governo do povo e para o povo. No caso das democracias modernas e representativas, como a que vivemos, as decisões são tomadas por representantes eleitos que passaram pela aprovação majoritária da população nas eleições. O regime político democrático tem como base a igualdade e a liberdade, uma vez que todos, enquanto cidadãos, tem a liberdade para se candidatarem a cargos políticos, votarem e serem votado. O voto tem o mesmo valor para todos e todas. Além de promover a igualdade de todos perante as leis, direitos e deveres, a democracia também prevê que as eleições sejam regulares, para impedir o abuso de poder de forma ilegítima por parte de um ou mais indivíduos. 

Diante da breve explicação do que é uma democracia, é importante ter clareza do que são os partidos políticos. A sociedade é composta por indivíduos diferentes, que possuem interesses, visões, crenças e vontades diferentes. Nem todos esses cidadãos conseguem participar constantemente dos debates públicos nas variadas esferas e instrumentos de representação, portanto é necessário que existam grupos (organizados inicialmente a partir de ideias em comum) que façam este papel através não só da participação nas eleições, mas também ao levar as pautas de determinados grupos da sociedade civil para debates, manifestações, negociações com outros representantes e outros partidos, buscando transformá-las em políticas públicas para que os cidadãos tenham seus interesses representados. 

Apesar de descrença de parte da população da necessidade de atuação política dos partidos, é importante lembrar que uma das primeiras ações tomadas por regimes autoritários (ditaduras que existiram no Brasil e em outras nações) é a dissolução ou proibição dos partidos. Durante estes regimes anti-democráticos, é comum a proibição de que cidadãos possam se organizar e se reunir (na forma de partidos) para criar estratégias e reivindicar formas de ter seus interesses atendidos, ou mesmo participar das eleições. Desse modo, o exercício da cidadania, através do voto nos partidos que outrora existiam, tem seu funcionamento interrompido. 

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Por todos esses aspectos, podemos concluir que em uma sociedade democrática que abarca uma pluralidade de identidades, os partidos políticos são de suma importância por possuírem a característica de sintetizar as demandas da sociedade e pô-las em discussão para, posteriormente, buscarem a execução das políticas públicas respectivas às demandas solicitadas, seja através da ocupação de cargos políticos através das eleições ou da promoção de diálogo com outros partidos e representantes que ocupam coletivamente as esferas de poder.  

Sabemos que nem sempre esse diálogo é fácil, nem sempre os partidos ou representantes políticos se mostram fiéis aos ideais com os quais se comprometeram e por vezes somos surpreendidos com a má atuação de alguns representantes ao realizarem atos ilícitos. Contudo, responsabilizar os partidos por estas falhas ou acreditar que sem eles elas não aconteceriam representa um desconhecimento da própria democracia. Quanto menos individual e mais coletiva for a atuação política, menores serão as possibilidades de execução de atos ilícitos, abuso de poder ou, como a história nos mostra, de supressão da própria democracia.

* Alunos de Graduação do Curso de Ciências Sociais da UNESP – Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara. O projeto “Pílulas de Educação Política” é realizado sob a supervisão do Prof. Danilo Forlini, responsável pela disciplina “Ciências Sociais e Educação: Diálogos com a Ciência Política” feito em parceria com o Prof. Bruno Silva, coordenador do blog Multipli_Cidade do Portal A CidadeON.

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