O Consórcio Araraquara de Transporte (CAT) não descarta a possibilidade de reduzir a frota de veículos em circulação na cidade. A informação foi confirmada ao acidade on em meio às especulações em torno do assunto.
O CAT, que reúne as empresas Paraty e Empresa Cruz, disse em nota que “não deseja que o transporte tenha o mesmo fim do antigo prestador desse serviço e temos certeza que a população de Araraquara também não tem esse desejo” – referindo-se a antiga Companhia Trólebus Araraquara (CTA).
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A possibilidade de uma redução na frota de ônibus acontece em meio à redução de passageiros e os consecutivos aumentos de custos na operação.
Segundo o CAT, há uma queda aproximada de 30% no número de passageiros em relação ao período anterior à pandemia da covid-19, em março de 2020.
“Além desta queda expressiva, tivemos nesses dois últimos anos aumentos exorbitantes nos principais insumos, como por exemplo, o óleo diesel”, justificou o consórcio.
O combustível, que representa 30% dos custos das empresas, registrou aumento de 135% no mesmo período.
Por outro lado, o reajuste tarifário ficou em 22% no mesmo período. Ou seja, de acordo com o CAT, o valor com a venda das passagens é insuficiente para arcar com os seus custos.
“O transporte só não está colapsado em Araraquara pois é prestado por duas empresas fortes e sólidas que possuem outros serviços que fornecem sustentação financeira para manter o serviço do transporte público”.
Procurada para comentar o assunto, a Controladoria dos Transportes de Araraquara afirmou que não recebeu nenhum comunicado ou solicitação a respeito de alteração no número da frota de ônibus do transporte público coletivo.
Segundo o órgão que monitora a qualidade do serviço no município, houve uma redução de frota no início da pandemia, por conta da redução drástica de passageiros e, depois, uma nova calibração das linhas, quando as atividades econômicas começaram a ser retomadas.
“A redução drástica de passageiros impactou seriamente no equilíbrio financeiro do setor em todos os municípios e evidenciou ainda mais a necessidade de subsídio do governo federal e dos Estados”, avaliou.
Segundo a controladoria, as empresas estão aguardando uma definição do governo federal para que comece a vigorar o subsídio à gratuidade do transporte urbano de pessoas com mais de 65 anos.
“É muito importante a adoção de novas formas de custeio e receitas extra tarifárias para remunerar a prestação dos serviços porque o sistema não pode ser financiado exclusivamente pela tarifa paga pelos passageiros ou pelos municípios”, afirmou.
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