Foi depois que sua mãe foi derrotada na luta para um câncer de colo de útero, que Tammara Pagioro, hoje moradora de Matão, decidiu virar médica ginecologista.
Ele perdeu sua maior referência de vida aos 11 anos de idade. Sulmaya morreu em 2003, aos 29, depois que a doença se espalhou pelo corpo. Ela já lutava contra o câncer há três anos.
“Foi triste, eu lembro quando eu menstruei a primeira vez eu não tinha para quem perguntar, primeiro relacionamento, quer conversar com sua mãe, tirar dúvida, não teve como”, disse Tammara.
Ao acompanhar de perto o sofrimento da mãe, Tammara escolheu ser médica para ajudar outras pessoas que estavam passando pelo mesmo que sua família.
Ela, que é natural de Aparecida do Taboado no Mato Grosso do Sul, fez de cada passo em sua vida uma chance de recomeço e foi parar em Matão.
“A medicina significa vida, principalmente saúde e liberdade, poder dar o melhor para sua família.”
Se pudesse olhar para os olhos da mãe, ela diria. “Obrigada, porque se estou aqui e tenho qualquer coisa, foi por conta dela.”
“Hoje temos uma medicina muito mais avançada do que há 20 anos atrás, conseguimos diagnosticar muitas coisas, tratar, comer bem, fazer uma atividade física”, disse a ginecologista.
Foi a escolha de fazer da própria história uma cartilha de incentivo à vida que fez a Tammara superar os obstáculos.
“Fazer com que outras pessoas não tenham o mesmo desfecho, prevenir, que acho que mais do que descobrir doença é você tentar não tê-la.”
- Com informações da EPTV Central
