O Dezembro Vermelho é uma campanha de mobilização nacional que tem como objetivo combater todas as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), especialmente o vírus HIV, causador da Aids.
Dessa forma, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a data é marcada por diversas atividades relacionadas ao enfrentamento dessas doenças.
Segundo a infectologista e clínica geral Ana Rachel Seni Rodrigues, a existência da campanha ressalta a importância em falar sobre o assunto, principalmente em relação às formas de transmissão dessas doenças.
“Uma IST é causada por vírus, bactérias ou outros microrganismos, sendo transmitida principalmente por meio do contato sexual, sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada.”
Embora seja menos comum, a especialista ainda chama atenção para os meios de transmissão não sexuais, que ocorrem através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas, além de condições de gestação, parto ou amamentação, que também propiciam uma situação de transmissão de IST da mãe para a criança.
Entre as principais infecções sexualmente transmissíveis estão a herpes genital; cancro mole; HPV; doença inflamatória pélvica; dodovanose; gonorreia e infecção por clamídia; sífilis; tricomoníase; linfogranuloma venéreo; e infecção pelo HTLV.
A infectologista ainda aproveita o mês para destacar a diferença entre HIV e Aids, que para muitas pessoas é vista da mesma forma. “É importante ressaltar que HIV é o vírus responsável por provocar a imunodeficiência humana, que quando não tratado corretamente leva ao desenvolvimento da Aid).”
Lembrando que todos aqueles diagnosticados com HIV têm direito ao tratamento com os medicamentos antirretrovirais, imediatamente, através do SUS, a fim de poupar o seu sistema imunológico.
“São esses remédios, popularmente chamados de coquetel, que impedem que o vírus se replique dentro do organismo e consequentemente levem ao surgimento da Aids”, diz a infectologista.