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Cotidiano'Este Natal vai ser feliz': transplante dá vida nova a morador de Araraquara

‘Este Natal vai ser feliz’: transplante dá vida nova a morador de Araraquara

Diagnosticado com câncer em dezembro do ano passado, ele ganhou uma nova oportunidade de vida após um transplante de fígado

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Pareciam que todas as comemorações eram uma despedida“. É desta forma que a jornalista de Araraquara, Ana Carolina Malandrino, de 30 anos, descreveu os momentos enfrentados pela família após o pai ser diagnosticado com câncer no fígado, no Natal do ano passado.

Desde 2015, quando teve a sua primeira crise, o vendedor de bebidas Geraldo Carbonaro Malandrino, 65, lutava contra uma cirrose hepática, que evoluiu para três tumores. A cura, segundo os médicos, dependia exclusivamente de um transplante.

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“Eu tenho minha espiritualidade e sempre falei que ‘errei’ e que se fosse da vontade de Deus me levar embora teria que ser. Fiquei muito preocupado, mas tinha muita fé em Deus e Jesus“, lembrou Geraldo.

O erro a que ele se refere foi o descuido com a própria saúde. Quando teve sua primeira crise, após um almoço em família, Geraldo pesava 145 quilos.

Após vomitar sangue e desmaiar, ele foi levado para um hospital, onde foi diagnosticado com a doença. “Não bebia, não fumava, nunca fiz isso”, afirmou.

Desde então, passou a realizar acompanhamento médico, emagreceu bastante, mas voltou a ter sangramentos. Em agosto do ano passado, os médicos apontaram a necessidade do transplante após uma semana internado e, sem ele, Geraldo teria no máximo seis meses de vida.

É uma doença realmente preocupante. Eu tive um irmão que faleceu por isso. Acredito que essa doença é um pouco hereditária e um pouco do meu descuido pessoal”, disse.

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Geraldo e a esposa, Telma, durante internação em agosto do ano passado (Foto: Arquivo Pessoal)

A situação que era delicada ficou ainda pior em outubro, quando Geraldo começou a fazer sessões de paracentese para a retirada de líquido da barriga. Por semana, eram removidos cerca de 15 litros de água.

A necessidade deste procedimento também colocou o vendedor na lista prioritária para um transplante de fígado. Ele foi chamado duas vezes, mas sem conseguir dar prosseguimento à cirurgia.

Após as duas decepções, a boa notícia chegou em maio desde ano: um doador, de 40 anos, apto a doar o fígado. “A reação foi ótima porque é cansativo, não via a hora de resolver isso. Sempre rezando, orando, com fé e falando para Deus e Jesus que a sua vontade fosse feita“, lembrou.

Ana Carolina disse que não imaginava que o transplante poderia dar certo. “Eu não conseguia vir o transplante como uma saída e que meu pai poderia reviver […] Ele me mandou um áudio dizendo que ia fazer o transplante, que era para ficar tranquila e que ele não iria morrer”, disse.

Geraldo recuperado ao lado dos três filhos, incluindo Ana Carolina, e da esposa (Foto: Arquivo Pessoal)

UM NATAL DIFERENTE

Hoje, Geraldo está curado, faz 8 km de caminhada todos os dias e frequenta a academia. Mas vai continuar tomando um medicamento fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para sempre.

Mesmo sem conhecer o doador, ele disse que agradece todos os dias pelo gesto. “Oro todo dia para este irmão, irmã, que me cedeu o fígado, para a família dele. Essas pessoas perderam alguém que amavam. Obviamente, esta pessoa era importante para sua família“, comentou.

Após o último ano, celebrar o Natal ganhou outro significado. “Vou passar com a minha família. Quero um Natal simples, mas farto de alimento e alegria”, pediu.

Depois do pior Natal da sua vida, como ela mesmo disse, este ano vai ser diferente. “É meu presente de Natal, de vida, é uma virada de chave, de que a vida não é só trabalho, dinheiro. É um milagre de Deus, é um milagre que outra pessoa ajudou a minha família a ter meu pai aqui comigo. Esse Natal vai ser feliz”, comemorou a jornalista.

SER UM DOADOR

Geraldo Malandrino também falou sobre a importância da doação de órgãos e disse que já orientou a família sobre o seu desejo de também ser um doador.

“Tem muita gente sofrendo. Então, eu aconselho, quero ajudar, porque estou vivo graças a este irmão ou irmã que fez a caridade de me doar o fígado“, concluiu.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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