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CotidianoLarva que ajuda decompor plástico é estudada pela Unesp Araraquara

Larva que ajuda decompor plástico é estudada pela Unesp Araraquara

Velocidade da degradação chamou a atenção dos pesquisadores: em 24h, as larvas começaram a digerir as embalagens em laboratório
 

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Larvas ajudam a decompor plástico, mostra pesquisa da Unesp de Araraquara  (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Larvas ajudam a decompor plástico, mostra pesquisa da Unesp de Araraquara (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)

 

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara estudam um tipo de larva que pode decompor plástico, um dos grandes problemas ambientais do planeta.

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A velocidade da degradação do plástico chamou a atenção dos pesquisadores: em 24h, as larvas começaram a digerir as embalagens em laboratório.

Um grupo de 100 larvas é capaz de degradar uma bandeja de isopor em 16 dias. Já uma sacolinha de supermercado demora em torno de um mês, bem diferente do tempo que o plástico leva para se decompor na natureza: mais de 400 anos.

“A gente está trabalhando com duas hipóteses, sendo a primeira de que as larvas mesmo produzam alguma enzima que torne capaz essa biodegradação. Ou que elas tenham algum microrganismo que vá produzir alguma enzima também ali presente na flora intestinal que também acabe tornando possível essa biodegradação”, explicou a pesquisadora Betina Sayeg.

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TRAÇAS DO MEL
Os cientistas usaram a traça do mel, que ataca as colmeias.

 “O mel tem cadeias semelhantes ao plástico, de carbono. E por causa dessas semelhanças elas acabam sendo capazes, acabam tendo os mecanismos necessários para comer o plástico”, disse a pesquisadora Betina Sayeg.

Depois dos testes, os bichos morreram intoxicados. Os cientistas esperam agora fechar parcerias com empresas para usar as larvas apenas em ambiente controlado.

 

 

Larvas ajudam a decompor plástico, mostra pesquisa da Unesp de Araraquara ( Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Larvas ajudam a decompor plástico, mostra pesquisa da Unesp de Araraquara ( Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)

“Não é possível utilizar essas larvas no aterro sanitário porque a larva vai tanto degradar o plástico quanto o lixo orgânico. E o que vai acontecer? Você vai ter uma diminuição da degradação do plástico porque ela vai também querer degradar o lixo orgânico”, explicou o professor Rondinelli Herculano.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, com 11,3 milhões de toneladas por ano, e fica atrás só de Estados Unidos, China e Índia. Mas por aqui só se recicla 1% do total, cerca de 145 mil toneladas (- 1,28%)

“É uma alternativa muito interessante, muito promissora principalmente porque as larvas têm se mostrado muito úteis, muito vorazes. Estão realmente biodegrando o plástico e transformando ele em algo que não seja tão nocivo pro meio ambiente”, disse a pesquisadora Betina Sayeg.

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