O jardineiro Eliaden José do Nascimento, de 60 anos, conhecido como Maranata, estava em um ponto de ônibus no Jardim Águas do Paiol, em Araraquara, quando sofreu um acidente ao ajudar uma desconhecida que passava pela rua. Eram 5h30 da manhã de sábado, 27 de janeiro de 2024.
“Apareceu uma moça em uma bicicleta motorizada, pedindo ajuda para dar partida. Ali tem uma descida muito grande, então, quando ele montou e deu partida, a bicicleta pegou, acelerou e desceu. Só aí, ela falou que a bicicleta estava sem o freio”, contou a esposa Izabel Cristina Rodrigues do Nascimento.
Sem conseguir parar, o idoso desceu em alta velocidade pela Avenida Augusto Bernardi até a bicicleta se chocar em uma guia. Ele caiu, bateu a cabeça e lesionou quatro vértebras da coluna.
Uma moradora do Jardim São Bento, que passava pelo local, chamou o Samu (Seviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrer a vítima. Ele foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central e depois transferido para Santa Casa.
Dois dias depois, Eliaden passou por uma cirurgia que levou mais de cinco horas, mas as lesões nas vértebras C4, C5, C6 e C7 o deixaram tetraplégico. Ainda no hospital, ele ficou em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), precisou tratar de uma infecção até conseguir voltar para a casa, onde se recupera há pouco mais de um mês.
A esposa contou ainda que o neurocirurgião responsável pela cirurgia deu apenas 2% de chance de o marido voltar a andar. Mas, segundo ela, a recuperação depende de sessões de fisioterapia, que a família não tem condições de pagar.
“O que mais me chateia é não conseguir pagar a fisioterapia dele. Até agora, ele não recebeu nada de aposentadoria, nem do INSS, e só entra o meu [salário]. Se a fisioterapia tivesse começado, eu tenho certeza que ele já estava andando. Mas não deu, eu não tive possibilidade de pagar“, lamentou.
Para custear o tratamento, a família está fazendo uma campanha nas redes sociais para incentivar doações. A chave PIX para transferências bancárias é a (16)9.9711-1335, em nome de Izabel.
Para cuidar do marido, Izabel colocou uma cama hospitalar e outra de solteiro lado a lado. Como precisa trabalhar, ela acorda cedo, às 4h30, faz a higiene do companheiro e aguarda até que algum familiar ou conhecido chegue.
“A gente tem medo de dar comida e ele afogar ou engasgar, tem que estar sempre atento, vira para um lado, vira para outro”, comentou sobre os cuidados no dia-a-dia.
Hoje, a família tem contado com a ajuda de amigos e está confiante em sua recuperação. “Ainda que ele não fique 100%, mas podendo se levantar, andar um pouquinho pela casa, me ajudar, porque não é fácil“, concluiu.
