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CotidianoMorador retira sozinho 240 quilos de lixo de córrego do Cambuy

Morador retira sozinho 240 quilos de lixo de córrego do Cambuy

Local sofre com o descarte irregular de lixo e resíduos, além do mau cheiro; Prefeitura diz que o local é fiscalizado

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Péricles chega a retirar 20 quilos de lixo por mês do córrego do Cupim (Foto: Amanda Rocha)

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Um morador do Jardim Cambuy, em Araraquara, decidiu fazer a limpeza do Córrego do Cupim com as próprias mãos. Em um ano, ele já retirou cerca de 240 quilos de sujeira do local. 

O espaço verde fica entre a Avenida João Monteiro e a Rua Julieta Crusca de Jesus, e chama atenção pelas pequenas quedas dágua. Mas, o local sofre com o descarte irregular de lixo e resíduos, além do mau cheiro, que afastam quem tenta se aproximar para admirar a paisagem. 

Cansado de ver a situação do córrego, o músico araraquarense Péricles Zuanon decidiu começar a recolher o lixo por conta própria. Ele lembra que no começo ia a cada 15 dias. 

“Levava sacos de 100 litros e recolhia o lixo que encontrava. Já cheguei a tirar até peça de automóvel de dentro do rio”, conta. “Eu encho dois sacos de 100 litros e não é pouca coisa, já que é um trecho de apenas 50 metros e o rio é bem maior que isso”, reforça. 

Morador do Cambuy há 13 anos, ele vem notando a degradação do meio ambiente, que deveria estar sob preservação ambiental do município. Papelão, latas de refrigerante, cerveja, embalagens de marmitex, cigarro estão entre os objetos que ele já encontrou no rio.  

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Péricles mostra os papelões usados para descanso dos operários que vão parar dentro do rio (Foto: Amanda Rocha)

ORIGEM DO PROBLEMA 

O músico conta que o problema começou com a construção de prédios próxima ao local. “Os operários que trabalham lá diariamente, descansam em papelões e almoçam ali. Na hora do almoço, alguns descartam o lixo que consomem na rua”, aponta. 

Ele teria questionado se a construtora responsável teria um refeitório ou galpão para os funcionários descansarem, evitando assim a sujeira no córrego, que fica muito próximo das obras. 

Segundo a MRV, a empresa oferece refeitório climatizado e espaço amplo de descanso para os colaboradores, além de lixeiras. 

“A empresa ressalta que realiza frequentemente treinamentos sobre saúde e meio ambiente para todas as equipes de obras e irá intensificar as orientações para conscientização dos funcionários sobre a questão”, frisa. 

FALA PREFEITURA 

Já a secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araraquara enfatizou que a região é frequentemente fiscalizada. “Neste momento, um fiscal está sendo novamente encaminhado ao local para checar a situação e providenciar as medidas cabíveis. Se observada qualquer irregularidade cometida pelas empresas do entorno, as mesmas serão notificadas, conforme a legislação vigente”, afirma. 

Péricles diz que está preocupado com o forte odor e com espumas brancas no local. Segundo ele, é preciso que alguma providência seja tomada antes que o rio seja poluído irremediavelmente. 

“A água está com odor forte, e eu não sei o que tem na água, que antes era limpa e inodora. É uma pena porque é um baita lugar paradisíaco dentro da cidade”, finaliza.

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