Não é só a alimentação humana que está mais cara ultimamente. A dos animais de estimação também encareceu, e muito.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta já chega a mais de 20% em 12 meses. Por isso, muitos donos começaram a dar alimentos naturais para os seus cães e gatos.
A assistente administrativo Silvana Souza e Silva tem quatro cachorros: dois machos, o Nick e o Cabeçudo, e duas fêmeas, a Bela e a Tita. Todos foram adotados com muito amor e responsabilidade, já que cuidar de quatro pets não é nada barato e requer planejamento.
Ela conta que os reajustes da carne e dos combustíveis, por exemplo, também se refletiram no preço da ração. Atualmente ela paga R$ 250 em um saco de 20 quilos de ração que dura um mês. Antigamente, a mesma ração e quantidade saia por R$ 180.
“Está difícil, subiu demais, igual os produtos do supermercado. Foi aumentando de R$ 20 em R$ 20 e está muito caro”, contou.
Por conta disso, Silvana decidiu começar a acrescentar alguns alimentos da dieta humana também na comida dos cachorros. As verduras e também a carne vermelha passaram a fazer parte do cardápio dos animais.
“Tem que pensar em tudo, em gastos como veterinário, não é barato”, apontou.
RAÇÃO CARA
Segundo o IPCA, a inflação de comida para animais de estimação subiu 22,90% nos últimos 12 meses.
Com o aumento dos principais insumos utilizados na fabricação dos alimentos para os animais, o preço da ração deve ser reajustado nos próximos meses.
Por isso muitos donos de cães e gatos passaram a incluir alimentos de humanos na dieta dos bichinhos, mas atenção, os animais não podem comer qualquer coisa.
A veterinária Maialu Perpeli Canal afirma que os cachorros não podem comer doces de jeito nenhum e em especial o chocolate.
“Nunca devemos dar chocolate, pq tanto cachorro quanto gato tem a predisposição de ser diabético, e além disso eles não tem algumas enzimas que fazem a digestão do chocolate e acaba sendo uma substancia tóxica para eles”, reforçou.
O QUE EVITAR
Linguiça, salsicha, alimentos ricos em gorduras, nada disso pode ir para alimentação dos cães. Carnes devem ser magras e com pouco tempero no preparo. Os tutores devem optar sempre pelo sal e nunca utilizar cebola.
“O ideal é sempre fazer a comida em casa com no máximo uma pitadinha de sal e evitar sempre principalmente a cebola, porque ela causa oxidação na célula sanguínea. Alimentos condimentados não são indicados para os cachorros”, lembrou.
A veterinária também orienta que os tutores não devem dar restos de comida para os animais, justamente por não ser possível fazer a separação do que é saudável ou não para os animais.
E sempre que o tutor quiser fazer alguma alteração ou optar pela alimentação natural para o seu bichinho, deve procurar um profissional.
“Da mesma forma que a gente precisa de acompanhamento em nutricionista, os bichinhos também necessitam, cada espécie tem a sua característica e fase” apontou.