Araraquara completou 100 dias letivos da greve sanitária no setor de educação. Em entrevista ao Manhã CBN desta quarta-feira (25), a Diretora Seccional de Educação do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), Bernadete Couto, fez uma avaliação positiva do movimento.
Segundo Bernadete, nas últimas duas semanas a adesão à greve tem crescido, chegando a 200 funcionários. “Acredito que seja devido ao aumento do número de alunos que antes das férias era reduzido a 35% e agora é 100% dependendo da capacidade física da sala de aula. Mas, principalmente, por conta da falta de condições seguras para o atendimento, não houve nenhuma melhoria que tenha sido feita nesse período”, afirma.
Os grevistas representam cerca de 20% dos profissionais da educação, de acordo com Bernadete. “Uma luz que pudesse fazer com que chegássemos a um consenso seria manter as aulas remotas até que se chegasse a uma situação de controle da pandemia na região e que as condições de trabalho fossem melhoradas”, avalia.
Bernadete afirma que não houve avanço no diálogo com o Poder Público para discutir as reivindicações do movimento. “O objetivo da greve é salvar vidas. Infelizmente, a Prefeitura e a Secretária de Educação não têm dado abertura para diálogo. Nós tivemos duas reuniões mas não conseguimos avançar”, diz.