Frustrando a expectativa do Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), o projeto de lei que trata do reajuste salarial do funcionalismo público será votado nesta terça-feira (20) sem alteração. A prefeitura manteve o texto original sem atender o pleito da categoria.
Previsto para ser discutido na semana passada, a votação do projeto de lei foi adiada após pedido de vista do líder do Governo, Aluísio Braz, o Boi (MDB). O adiamento foi proposto depois de um acordo entre os 18 vereadores para que o Sismar tivesse pelo menos uma semana para negociar uma nova proposta.
Na última segunda-feira (19), o sindicato se reuniu com o prefeito Edinho Silva (PT) em uma tentativa de se construir um acordo sobre a data-base, mas nenhum substitutivo foi proposto e enviado para apreciação dos vereadores.
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O presidente do sindicato, Gustavo Jacobucci, chegou a publicar um vídeo em rede social comemorando o encontro. “Depois de tanta pressão, conseguimos conversar com o prefeito agora. Estivemos aqui várias vezes na semana passada e, agora, acabamos de sair de uma reunião com ele”, disse.
Segundo Jacobucci, Edinho Silva havia se comprometido em corrigir alguns erros do projeto e dar uma resposta sobre o que poderia ser mudado. “Então, esta é a derradeira. Não tem nada prometido, mas nós conseguimos uma reunião e conversamos sobre várias coisas […] Foi duro, suado, mas a gente estava correndo”, completou.
Mas a tentativa foi frustrada com a manutenção do texto que, inclusive, foi rejeitado duas vezes em assembleias realizadas pela categoria em maio e junho.
O QUE PROPÕE A PREFEITURA?
A prefeitura de Araraquara propôs um aumento de 4,65% nos salários da categoria a contar de 1º de maio de 2023 e um reajuste de 20% no piso salarial do funcionalismo, que passará a ser de R$ 1.563,97. CONFIRA A ÍNTEGRA AQUI.
Além de elevar o piso do magistério público municipal para R$ 4.420,36 para os profissionais que realizam jornada de 40 horas semanais, ou seja, aumento de quase 15%.
A proposta prevê ainda reajuste de 12,12% no valor recebido no bônus-alimentação e 4,65% no valor recebido a título de prêmio assiduidade.
O QUE A CATEGORIA REIVINDICA?
Os valores que constam no PL está bem distantes do pleito da categoria. O Sismar exige, por exemplo, reajuste de 33,23% nos salários da categoria. CONFIRA A ÍNTEGRA AQUI.
Dentre as reivindicações, consta ainda a incorporação do bônus ao vale-alimentação e majoração para R$ 1 mil e desvinculação do valor de qualquer bonificação por faltas, além de aumentar o prêmio assiduidade para R$ 250.
A categoria também pede ainda a instituição do “bônus-natalino” no vale-alimentação, implementação do piso da Enfermagem e da Educação.
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