Coordenador da Comunicação do presidenciável Luiz Ignácio Lula da Silva (PT) – líder nas pesquisas de intenção de votos -, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), opinou sobre o início da campanha eleitoral e o desafio de seu partido para obter êxito nas urnas.
Ao acidade on, Edinho considerou ser difícil reverter a polarização política entre o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), principalmente, devido ao curto período para campanha eleitoral.
“Dificilmente esse quadro muda. Será uma eleição polarizada até o fim entre Lula e Bolsonaro. Penso que a campanha [de Lula] está fazendo o correto, de debater o Brasil, a situação econômica, pobreza, miséria, inflação e achatamento da renda. Temos que discutir o Brasil”.
O prefeito de Araraquara criticou o uso da máquina pública para a reeleição, com a aprovação de “bondades” pelo Governo Federal nas vésperas do eleitor ir às urnas decidir o futuro presidente da República. Em sua visão, “a compra de votos foi institucionalizada”.
“Já disputei reeleição como prefeito e as regras sempre foram muito duras e rígidas para que a máquina não fosse usada no processo eleitoral. Agora institucionalizamos. O Brasil autorizou, infelizmente, que se use a máquina pública no processo eleitoral”, opinou.
Na avaliação de Edinho, um dos desafios a serem superados é a propagação de notícias falsas. Um dos elementos identificados pelo monitoramento de redes sociais, por exemplo, foi o compartilhamento da falsa informação de que Lula fecharia igrejas no País.
“Foi o Lula quem sancionou a lei na frente de toda a comunidade evangélica, inclusive, dando liberdade para que todas as igrejas funcionassem. Foi o Lula que em 2009 reconheceu a Marcha para Jesus como um evento importante para o Brasil”, reforçou.
Além de desmentir os ataques promovidos pelos adversários políticos durante a campanha eleitoral, Edinho Silva reforçou a importância da campanha de Lula focar seus esforços em propor soluções para os problemas que afligem a população brasileira no dia-a-dia.
“Nosso campo de disputa é o de defender a recuperação do poder de compra do salário mínimo, combatermos de forma contundente o processo inflacionário, retomarmos os programas sociais – não só em período eleitoral, mas de forma contínua -, combater a fome, a miséria, criar um Brasil de novas oportunidades, um País onde o povo tenha esperança e acredite no futuro. Precisamos urgente retomar o crescimento econômico no Brasil”, disse.
“Esse tem que ser o nosso campo de diálogo com o povo brasileiro e deixa, evidente, aqueles que investem na Fake News, agressividade, defesa das armas e violência, no campo deles. O nosso campo de disputa tem que ser outro”, concluiu.