A poucos dias do fim da campanha de vacinação contra a poliomielite, Araraquara ainda não atingiu a meta de imunizar 95% do público-alvo. Até esta terça-feira (25), a cobertura vacinal estava em 87%.
Segundo a secretaria municipal de Saúde, crianças de um ano de idade são as que têm a menor cobertura, com 82,2% do público-alvo. Por outro lado, com 91,5%, a faixa etária dos 3 anos é a que tem mais vacinados.
De acordo com o ministério da Saúde, 10.678 crianças fazem parte do público-alvo da campanha de vacinação, em Araraquara.
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Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável, aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço com a vacina oral, a gotinha.
A vacina da poliomielite previne contra a paralisia infantil, como ficou popularmente conhecida. Mas, não registros da doença no Brasil há 30 anos.
Segundo o médico sanitarista Rodolpho Telarolli Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara, o país só erradicou a doença com a vacinação.
“É uma vacina eficaz, fácil de ser aplicada. Por isso que é tão importante que as famílias levem suas crianças todas as vezes que está prevista, em todas as fases. A pólio é uma doença muito séria e pode levar a paralisia. São sequelas, problemas que as crianças, adolescentes, adultos vão levar para o resto da vida”, afirmou.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Multivacinação termina no dia 31 de outubro. A campanha foi prorrogada duas vezes pelo baixo índice de vacinados.
Para o médico é preciso fortalecer as campanhas e estimular os pais a fazerem sua parte e levar as crianças até as unidades de saúde.
“Como há mais de 30 anos não temo mais casos da doença as pessoas se esqueceram de que é uma doença terrível, que causa sequelas. As famílias estão deixando de se vacinar por esquecer todo mal que havia no passado”, afirmou.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.
Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura.
