Após dois anos e cinco meses, chegou ao fim o estado de calamidade pública em Araraquara decretado em 23 de março de 2020 por conta da epidemia de covid-19. A decisão entrou em vigor no último domingo (31).
Com o fim do estado de calamidade, o município deixa de fazer compras diretas e sem licitação voltadas ao enfrentamento à pandemia. Outra medida anunciada foi o término das divulgações diárias dos boletins epidemiológicos.
As informações referentes a casos, internações e mortes serão divulgadas uma vez por semana, às sextas-feiras. “Nós encerramos o estado de calamidade pública no município de Araraquara porque nós sabemos que teremos que conviver com a covid-19 para a sempre”, disse a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, no último boletim extraordinário, na manhã desta segunda-feira (1º).
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Segundo ela, o município está “trazendo a covid-19 para uma realidade que ocorre no mundo como um todo”. Desde o início do estado de calamidade pública, foram 869 boletins do Comitê de Contingência do Coronavírus.
“A covid-19 passa a ser mais uma doença no nosso rol das doenças que devemos estar monitorando e cuidando”, explicou.
Nesta segunda-feira, o total de casos confirmados em Araraquara chegou a 87.049, incluindo 714 mortes, desde o início da pandemia.
Julho terminou com 5.700 registros. O número representa uma queda de 29% em relação ao mês anterior, quando 8.101 casos foram confirmados.
“A covid-19 vai permanecer entre nós; continuaremos a fazer a vacinação e trabalhando para evitar o número de pessoas contaminadas, internadas e que possam vir a óbito, mas, infelizmente, a covid-19 passa a ser uma realidade da saúde mundial”, explicou Eliana Honain.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, os serviços voltados ao atendimento de casos suspeitos e/ ou confirmados da doença vão continuar. “Se tivermos mudanças no quadro, logicamente, voltaremos a informar a situação diariamente. Algum avanço da doença, situação que obrigue medidas restritivas, retorno do uso de máscara, o que for necessário, será retomado”, finalizou.
Na última quarta-feira (27), a principal tenda para atendimento externo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier começou a ser desmontada. A estrutura era última para o enfrentamento à pandemia que ainda estava em operação.
No começo deste mês, o Hospital de Campanha, no Jardim Ártico, também foi desmontado e devolvido. Em pouco mais de dois anos, a unidade foi referência para pacientes com covid-19 e, mais recentemente, com dengue.
A máscara de proteção contra a covid-19 também foi liberada no dia 21 de julho, com exceção do transporte público e das unidades de saúde. A medida, de acordo com o poder público, foi adotada por conta da redução da média diária de casos.
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