O comprovante nas mãos da Terezinha de Jesus Coutinho Caldeira, de 83 anos, mostra que a idosa recebeu mais uma dose do imunizante contra a covid-19. Na manhã desta terça-feira (28), Araraquara começou a aplicar a vacina bivalente, que protege contra mutações do coronavírus, como a variante Ômicron.
“Me trouxeram hoje para não perder a oportunidade porque eu já tomei todas as outras [doses]. É importante por conta desta doença que está aí, tomar é bom. Saio bem segura daqui”, disse a idosa ao deixar a unidade de saúde da Vila Xavier.
Pela manhã, idosos formaram fila à procura da vacina. Foi o caso do senhor Luiz Fávero, 71, que não se importou em esperar alguns minutos até ser vacinado.
“Eu tenho algumas comorbidades, então, tenho que tomar cuidado“, disse.
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O idoso contou ainda que já foi infectado pelo vírus, mas que a doença foi “fraquinha”, e que fica chateado com o negacionismo que ainda existe. “Tem gente que ainda reluta e a gente fica chateado pelos amigos que não tomam”, lamentou.
QUEM PODE SE VACINAR
Por conta da limitação de doses, o público-alvo ainda é restrito. Neste momento, deve se vacinar idosos com 70 anos ou mais, e aqueles que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso, além de pessoas imunocomprometidas.
Segundo a secretaria municipal de Saúde, para receber a vacina bivalente é obrigatório ter tomado pelo menos duas doses anteriormente e respeitar um intervalo de quatro meses da última aplicação.
“Caso você não tenha esse ciclo completo, vai ter que completá-lo para só depois, então, receber a vacina bivalente contra a covid-19”, esclareceu a coordenadora da Vigilância em Saúde, Glaucia Falcoski.
Foi o que fez o Jorge Aparecido Zampieri, 70. “Eu já tomei as quatro doses anteriores e como esta ‘pega’ mais vírus, combate outros, eu vim no primeiro dia para ficar imunizado. A gente sente que tem mais uma proteção“, comentou.
ONDE PROCURAR
Além da Vila Xavier, as doses também são aplicadas nas unidades de saúde do Vale do Sol, Vila Xavier, Cecap e Selmi Dei, das 8h às 15h, e no SESA, das 8h às 14h.
Nem mesmo um problema de locomoção impediu que a idosa Eva Bento Caldeira, 80, fosse imunizada. Ela foi levada pelo sobrinho e recebeu a vacina dentro do carro.
“É importante porque depois a gente não fica doente. Se Deus quiser, a gente está livre deste problema, tomando a vacina já está protegida“, concluiu.
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