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SaúdeVacina contra a dengue chega a Araraquara; confira o valor das doses

Vacina contra a dengue chega a Araraquara; confira o valor das doses

Imunizante foi aprovado em março pela Anvisa e já está disponível em clínicas particulares da cidade

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Para combater um velho conhecido, que no ano passado, deixou 17 mortos e infectou mais de 21 mil pessoas, já existe vacina disponível em Araraquara. O imunizante que protege contra a dengue foi aprovado em março pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já é aplicado em clínicas particulares da cidade. 

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O portal acidade on encontrou a vacina Qdenga em pelo menos três clínicas. O valor de cada dose varia de R$ 490 a R$ 500, mas pode haver juros em caso de compra parcelada.

Mas, para a proteção completa, é preciso duas doses com um intervalo de três meses. Ou seja, o valor da imunização pode superar os R$ 1 mil.

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Em uma clínica que fica na Vila Harmonia, cada dose é vendida por R$ 500. Desde julho, quando a vacina passou a ser oferecida, cerca de 50 pessoas já se vacinaram.

Segundo Andreza Gilio, médica responsável pela clínica Iseimune, a procura pelo imunizante foi intensa no começo, mas o valor ainda é um impedimento para muitas pessoas.

“Teve uma procura muito grande no começo, mas eu acredito que as pessoas estão dando uma segurada por conta do preço e, geralmente, o ser humano deixa para fazer as coisas quando estamos com algum surto. Portanto, percebo que como não tem se falado de dengue, estamos fora da época mais prevalente dos casos, então, as pessoas estão subestimando a doença”, avaliou a médica.

PÚBLICO ALVO

Qualquer pessoa, entre 4 e 60 anos, que tenha ou não histórico da doença, pode se vacinar. Mas pode haver contraindicação em casos específicos. (Confira no final do texto)

Para a profissional, além das pessoas que já adoeceram em decorrência da dengue e temem novamente a doença, muitos idosos também têm procurado pela vacina. Porém, por falta de indicação, eles não podem se vacinar.

“Nós percebemos que o maior perfil é de pessoas que já tiveram dengue e estão com medo de pegar de novo porque sabem da gravidade, e muitas pessoas de mais idade, mas, infelizmente, não podemos fazer porque não está aprovada em bula”, lembrou.

A médica Andreza Gílio é responsável por uma clínica de vacinas (Foto: Arquivo/ Milton Filho/ acidade on)

EFICÁCIA

A vacina Qdenga foi desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma Ltda. Os resultados dos estudos clínicos na fase de testes mostraram 80,2% de eficácia contra a dengue depois de 12 meses da segunda dose, com redução de 90% nas hospitalizações.

O epidemiologista e professor da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), Bernardino Alves Souto, explicou que a vacina protege contra os quatro subtipos existentes, mas que a eficácia pode cair e/ou aumentar dependendo de cada um deles.

Para o especialista, trata-se de uma vacina que demonstrou bastante segurança e que pode ser muito efetiva no controle da doença. “Dengue é potencialmente grave, que tem uma incidência muito alta, e vem causando uma morbimortalidade muito significativa na população há muitos anos. Certamente essa vacina vai colaborar muito para o controle da dengue”, avaliou.

CONTROLE EPIDEMIOLÓGICO

Após a aprovação pela Anvisa, o ministério da Saúde anunciou que iria pedir à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) que avaliasse os benefícios da vacina e a segurança para a população para oferecê-la aos pacientes.

A partir deste parecer, o ministério decidirá se a nova vacina será oferecida pelo PNI (Programa Nacional de Imunização).

“Temos esperança de que a vacina seja distribuída, oportunamente, a toda a população com o fim de ter um controle melhor dessas epidemias de dengue que vem causando muitos problemas no país”, disse o médico.

Segundo Andreza Gilio, “se as pessoas se vacinassem, agora, até o verão estariam protegidas”. “Mas, infelizmente, eu acredito que a procura vai ser maior quando começar a aumentar os casos de dengue, só que aí não vai dar tempo de vacinar”, ponderou.

RESTRIÇÕES

Ainda segundo o especialista, por ser de vírus vivo enfraquecido, a vacina não deve ser usada em gestantes, lactantes, pessoas com comprometimento imunológico, e por quem está tomando algum medicamento que possa prejudicar imunidade.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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