Campinas registrou, em 2022, o início de primavera mais chuvoso dos últimos três anos, segundo levantamento realizado pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp. De acordo com o Centro, entre os dias 18 de setembro e 19 de outubro deste ano foram registrados 120 milímetros de chuva, quase o dobro de precipitação do mesmo período no ano anterior. Veja detalhes abaixo:
- 2022: 120 mm
- 2021: 75 mm
- 2020: 34 mm
- 2019: 38 mm
De acordo com o meteorologista do Cepagri, Bruno Bainy, a estação não costuma apresentar chuvas tão concentradas, uma vez que o Verão é considerado a estação mais chuvosa. “O verão é o período mais chuvoso aqui na região, especialmente dezembro à fevereiro (verão meteorológico)”, comenta.
LEIA TAMBÉM
Sábado será de céu parcialmente nublado e ventos moderados, em Campinas
Motorista fica ferido em batida entre carretas na Bandeirantes, em Sumaré
Além disso, as precipitações fora de época não parecem ter o impacto de fenômenos meteorológicos. “Em princípio, a La Niña não possui um sinal forte na modulação da chuva no sudeste brasileiro, em geral ela ocasiona impacto maior nas temperaturas médias, que ficam um pouco abaixo da média no verão”, explica o meteorologista.
PRÓXIMO TRIMESTRE
Apesar do início mais chuvoso, a primavera e o início do verão devem ter precipitações dentro da expectativa, segundo informou o Centro. “Mas os indicativos para o próximo trimestre – novembro, dezembro e janeiro, apontam para chuvas dentro da média histórica. A maioria dos modelos de previsão climática sazonal vem indicando isso já há algum tempo”, finaliza Bainy.
ALERTA DA DEFESA CIVIL
Na última quinta-feira (20), a Defesa Civil do Estado emitiu um boletim meteorológico alertando para risco de tempestades na região de Campinas até sábado (22). Segundo o órgão, “instabilidades geradas pela aproximação de uma frente fria provocarão condições para tempestade, seguidas de raios, rajadas de ventos e eventual queda de granizo na região de Campinas”.
De acordo com o alerta, não há previsão de grandes acumulados de chuva (que devem ficar em 40 milímetros), mas como um grande volume de água pode cair em um espaço curto de tempo, existe risco de transtornos, como deslizamentos, desabamentos alagamentos e enchentes.
“Além disso, durante a aproximação da frente fria há previsão ventos fortes na região de Campinas (entre 60 e 70 km/h), portanto ressalta-se a importância de atenção especial nas áreas mais vulneráveis, pois não são descartados risco para transtornos relacionados a vento”, informou ainda a Defesa Civil.
LEIA MAIS
