A espera para votação na Escola Estadual Doutor Thomas Alves, no distrito de Sousas, em Campinas, chegou a três horas neste domingo (2). O motivo da demora foi uma urna com problema que precisou ser substituída.
O aparelho foi trocado por volta das 14h. Segundo o cartório da região, a fila está diminuindo. Às 15h, porém, muita gente ainda se aglomerava pelos corredores e também do lado de fora das salas com as urnas.
No Colégio Sagrado Coração de Jesus, também em Campinas, também houve aglomeração e os eleitores alegam que a demora chega a 40 minutos.
Em Valinhos, segundo os moradores que votam na Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Padre Leopoldo Petrus Van Liempt, a espera é, em média, de uma hora e meia. No local, uma urna precisou ser substituída.
Os cartórios eleitorais informaram que a demora ocorre em grandes partes dos locais de votação da região de Campinas devido ao cadastro da biometria. A explicação já havia sido dada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entre o final da manhã e o início da tarde (veja mais abaixo).
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DURANTE A MANHÃ
Na manhã deste domingo, eleitores da região aguardaram em filas por até duas horas. De acordo com a apuração da EPTV, ao menos quatro escolas tiveram registro de uma longa espera em Campinas. As filas foram registradas nas escolas Asther Escola de Educação Infantil e 1º Grau, no Jardim Proença, Escola Gustavo Marcondes, Taquaral, Escola Municipal Padre Emilio Miotti, no Jardim Santa Lúcia, e na Faculdade Anhanguera, também no Taquaral.
Já em Amparo, a Escola Estadual Dr. Coreolano Burgos, houve o relato de desistência por parte de eleitores que decidiram ir embora após uma longa espera de uma hora no local para a votação. Em Valinhos, a espera para votar, na unidade do Sesi da cidade, está em torno de 40 minutos, de acordo com a apuração que ocorreu por volta do meio-dia desse domingo.
CAUSAS
Segundo o TRE, a demora pode ter sido causada pelos testes de biometria em todos os locais de votação. Durante a votação, a biometria será testada por todos os eleitores, segundo informou o Cartório Eleitoral de Campinas. Atualmente, na metrópole, 404,523 pessoas já fizeram o cadastro da biometria, o que representa um percentual de 46,04% do total do eleitorado.
Em Campinas, são 878.715 moradores aptos a votar no total. De acordo com a Justiça Eleitoral, o banco de dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) será utilizado para a biometria.
No entanto, apesar do teste – que pode aumentar as filas na hora da votação, a biometria não é obrigatória nessas eleições. Em 2020, a Justiça Eleitoral suspendeu o cadastramento biométrico em todo o país. Por isso, quem não fez a biometria vai poder votar normalmente – e fará o teste. Segundo o Cartório Eleitoral de Campinas, todos os eleitores vão testar o cadastramento biométrico quatro vezes. Se não conseguir, o modo tradicional de conferência de dados vai ser aceito.
“A importação (do Denatran) foi feita como mais uma medida da Justiça Eleitoral para garantir a lisura das eleições. A identificação biométrica garante que apenas aquele eleitor vai votar por ele. É um reforço para a segurança das eleições”, disse a chefe de cartório de Campinas Egle Prado.
Ainda de acordo com ela, há três situações distintas que podem acontecer neste pleito:
- O eleitor que já fez o cadastramento biométrico na Justiça Eleitoral, que pode baixar o e-Título e verificar que a foto dele consta no sistema
- O eleitor que terá os dados importados do Denatran e, para isso, ele precisa ter a CNH
- O eleitor que não tem biometria cadastrada em nenhum órgão público
“Todos esses eleitores vão conseguir votar. A biometria é uma forma de identificação do eleitor”, explicou Egle.
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