O governo do Estado de São Paulo quer fazer uma parceria com o HC (Hospital de Clínicas), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), para zerar a fila de cirurgias na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Porém, não há um prazo para o início da medida.
Na região, o DRS (Departamento Regional de Saúde) 7, que abrange 42 municípios no entorno de Campinas, há oficialmente 71.456 cirurgias atrasadas. Todos os procedimentos já estão cadastrados na Cross (Central de Regulação).
As informações foram detalhadas em Campinas na manhã desta terça-feira (7), durante encontro do secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, com outras autoridades na SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas).
Na reunião, o secretário alegou que o Mutirão de Cirurgias, anunciado no final de maio, foi iniciado no começo deste mês na região. A estratégia contempla 54 cirurgias ofertadas no SUS em sete especialidades (veja mais detalhes abaixo).
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PROFISSIONAIS QUALIFICADOS
Segundo Gorinchteyn, como a intenção do governo paulista é zerar a espera por procedimentos sem urgência até outubro, o acordo com o HC deve usar os profissionais da unidade no atendimento a pacientes de diversas cidades.
“As ações visam utilizar mão-de-obra qualificada, fazendo com que o munícipe seja atendido na sua região, fazendo o pós-operatório no próprio local. O envio das equipes será feito aos municípios que assim desejarem”, esclareceu ele.
Conforme o secretário, as prefeituras não terão gastos adicionais usar os profissionais. “Esse custo já está dentro da própria Unicamp, fazendo, então, com que tenhamos a possibilidade de ampliar alguma especialidade”, afirmou.
A intenção, ainda de acordo com o titular da pasta estadual, é que a cidade atendida passe a contar com alguma especialidade que não possua normalmente, fazendo com que o paciente não tenha que viajar ao HC.
HOSPITAIS PRIVADOS
Também nesta segunda, o secretário Jean Gorinctheyn detalhou a intenção de realizar os procedimentos cirúrgicos na rede privada. A ideia é pagar um valor adicional de 100% do que já é pago pela tabela praticada pelo SUS no País.
O pagamento complementar também foi adotado nos serviços municipais, filantrópicos e Santas Casas e começou a ser praticado em 1º de junho. O investimento total para o aporte é de R$ 350 milhões do Tesouro Estadual.
MUTIRÃO DE CIRURGIAS
Anunciado no dia 26 de maio durante a passagem do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), por Campinas, o mutirão é visto como medida necessária para zerar as filas, estimadas atualmente em cerca de quatro meses.
A estratégia contempla 54 cirurgias ofertadas no SUS em sete especialidades:
– aparelho circulatório
– visão
– digestiva e abdominal
– osteomolecular e geniturinário
– glândulas endócrinas
– nefrologia