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CotidianoFamília reconhece corpo encontrado no Rio Atibaia, em Campinas, como de líder espiritual desaparecido

Família reconhece corpo encontrado no Rio Atibaia, em Campinas, como de líder espiritual desaparecido

Familiares de Domingos Forchezatto, líder espiritual investigado por cometer abusos sexuais em Campinas, reconheceram o corpo encontrado no Rio Atibaia como sendo do guia

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Corpo foi encontrado no rio e removido ontem pelo IML (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Corpo foi encontrado no rio e removido ontem pelo IML (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

O IML (Instituto Médico Legal) informou na manhã desta sexta-feira (26) que a família de Domingos Forchezatto, líder espiritual investigado por cometer abusos sexuais em Campinas, reconheceu o corpo encontrado no Rio Atibaia como sendo do guia. Ele estava desaparecido desde o dia 29 de julho. Segundo o órgão, familiares estiveram no instituto e reconheceram o corpo como sendo de Domingos Forchezatto, de 68 anos.

Ainda assim, segundo a polícia, por causa do avançado estado de decomposição do corpo, a identidade só vai ser confirmada após resultados de exames de DNA e arcada dentária. O IML foi questionado sobre o prazo das perícias, mas ainda não retornou a reportagem. Somente após os exames a família poderá confirmar horário e local de sepultamento.

 

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LOCALIZAÇÃO DO CORPO

O corpo foi encontrado na tarde de ontem (25) por pescadores que estavam descendo o Rio Atibaia, em Campinas, na altura do bairro Vila Village. De acordo com a corporação, o corpo do homem estava preso entre galhos nas margens do rio, o que dificultou ainda mais o resgate.

Após a retirada, o caseiro da chácara do líder espiritual afirmou que o corpo estava com calça jeans e camisa preta de malha semelhantes a de Domingos. O delegado da Deic (Divisão de Investigações Criminais), Oswaldo Diez afirmou que alguns elementos apontavam a possibilidade do corpo ser do líder espiritual, mas que até então era preciso confirmar por meio de exames.

DESAPARECIMENTO

Domingos tinha sido visto pela última vez na madrugada de uma sexta-feira na chácara onde costumavam ocorrer os eventos do terreiro, no distrito de Barão Geraldo, à beira do Rio Atibaia. Ele esteve no local com um amigo e desapareceu.

O líder espiritual atuou por cerca de 30 anos como diretor espiritual e terapeuta no terreiro. Segundo o centro, ele estava afastado de suas funções desde o dia 29 de junho. Os crimes sexuais estão sendo investigados desde o dia 14 de julho.

 

Domingos Forchezatto, diretor espiritual de terreiro de umbanda, era investigado por assédio sexual (Foto: Reprodução/Facebook oficial AEUPT)
Domingos Forchezatto, diretor espiritual de terreiro de umbanda, era investigado por assédio sexual (Foto: Reprodução/Facebook oficial AEUPT)

PRISÃO DECRETADA

O diretor espiritual da AEUPT (Associação Pai Tajubim), Domingos Forchezatto, teve a prisão preventiva decretada neste mês, após o desaparecimento. A 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) concluiu o inquérito que apurou casos de abuso sexual cometidos em um terreiro de umbanda em Campinas. Ao menos 15 pessoas, entre mulheres e testemunhas, prestaram depoimento até o início de agosto.

Uma vítima do líder espiritual de umbanda acusado de assédio sexual em Campinas afirmou que ele pedia segredo do ato criminoso porque isso podia “destruir a fé” das pessoas. O caso foi revelado em julho e o homem atuava em um terreiro de umbanda na região do Taquaral.

No relato, a vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que o Pai de Santo iniciou as ações durante um atendimento individual.

“Em 2014, eu estava ainda de licença-maternidade e passei na sala dele de atendimento. Esse tipo de atendimento é comum, individual, a gente sempre pede ajuda. E na hora de sair da sala, eu levantei, ele se levantou, ficou bem próximo a mim, e eu com a minha filha no colo. Eu assustei quando ele colocou a mão dele dentro da minha roupa. E eu assustei, dei um tranco para trás”, relata.

Segundo a vítima, o líder espiritual teria dito que o procedimento era normal e que era utilizado para passar a energia. “E me falou que eu guardasse segredo, porque as pessoas não iriam entender”, disse. A vítima relata que o homem associava isso a destruição da fé no terreiro e na religião.
 

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