*Matéria atualizada às 14h48 do dia 05 de setembro de 2023
Uma paralisação de parte dos servidores do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, mobilizou uma equipe da GM (Guarda Municipal) na manhã desta terça-feira (5). Os manifestantes se reuniram do lado de fora do parque pedindo melhores condições de trabalho. O espaço está aberto para os visitantes e não houve confusão.
De acordo com o STMC (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas), além de pedir melhores condições de trabalho, o grupo protesta contra a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), ausência de funcionários e não pagamento de horas extras. A Prefeitura se manifestou sobre o ato (leia abaixo).
A manifestação ocorre menos de um mês depois da reabertura do local ao público. O bosque ficou fechado por cerca de sete meses após a queda de uma árvore sobre um carro. O acidente matou um homem em dezembro de 2022 e motivou o município a realizar várias extrações de árvores por conta de novos riscos.
LEIA TAMBÉM
Ambulância do Samu que levava paciente atinge morador de rua em Campinas
Após chuvas na madrugada, Campinas deve ter mais tempestades nesta terça
Quais as reivindicações?
Com faixas e cartazes pedindo o fim do assédio moral e melhores condições de trabalho e de atendimento à população, os servidores que cruzaram os braços reclamam da falta de pagamentos como hora-extra e insalubridade. Conforme, o sindicato da categoria, a paralisação teve início às 5h30 e vai durar o dia todo.
“Em nenhum momento, no período de fechamento do Bosque após um incidente com a queda de uma figueira que tirou a vida de um motorista, a Prefeitura Municipal de Campinas se preocupou em oferecer condições dignas de trabalho para os funcionários do local”, diz um trecho da nota da entidade.
Ainda conforme o comunicado, os servidores do local convivem “com a falta de funcionários, falta de pagamento de hora-escala, falta de pagamento de hora-extra, falta de pagamento de sobreaviso, falta de pagamento de insalubridade, falta de Equipamentos de Proteção Individual e escala desumana de serviço”.
O que diz a cidade?
Procurada para se manifestar sobre a paralisação dos servidores no Bosque dos Jequitibás, a Prefeitura de Campinas informou que não procede a informação sobre falta de EPIs. “Os equipamentos de proteção individual estão garantidos a todos os funcionários durante as atividades laborais. Não falta nada”, diz a nota.
Além disso, ainda segundo o município, “está aberto processo para contratar funcionários especializados na alimentação dos animais”. Já sobre horas extras e horas de sobreaviso, o texto justifica à imprensa que “o mesmo funcionário não pode fazer horas-extras e receber horas sobreaviso de forma continuada”.
“A Prefeitura segue decisão do Tribunal de Contas neste sentido. O Bosque dos Jequitibás conta com uma equipe de cinco servidores que atuam na alimentação dos animais. Além disso, há outras sete pessoas de uma equipe contratada que trabalha na manutenção do espaço e está trabalhando normalmente. E mais oito reeducandos, também em atuação. A Prefeitura não foi informada antecipadamente da paralisação, como determina a lei. A GM está no local para garantir que o Bosque dos Jequitibás permaneça aberto para visitação”, conclui.
Assembleia
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas informou que uma assembleia foi realizada e que os trabalhadores aceitaram voltar ao trabalho. Além disso, a Prefeitura solicitou um prazo até 20 de setembro para pagar o sobreaviso, entregar os EPIs que faltam e resolver outros problemas que afetam os trabalhadores e a manutenção do Bosque.
“O diretor do Departamento de Parques e Jardins, Luís Cláudio Mollo, chegou às dez da manhã ao Bosque para negociar com os trabalhadores e o Sindicato. Ele pediu até o dia 20 de setembro para retomar o pagamento do sobreaviso, entregar os EPIs que faltam aos trabalhadores e resolver outros problemas”, esclarece o diretor do Sindicato dos Servidores, Rodolfo Fais.
LEIA MAIS
PGR reforça pedido de condenação de 40 pessoas por atos golpistas