A inflação aumentou os preços dos produtos consumidos nas festas juninas e julinas. Em 12 meses, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as maiores variações foram do tomate, 66,42%, e do óleo de soja, 35,73%.
O levantamento feito pela EPTV Campinas mostra ainda os reajustes de itens tradicionais da festa, como o milho verde, que ficou 14,16% mais caro no período de um ano, e a maçã, que registrou 7,71% de aumento. Veja a lista completa:
– Ovo: 10,69%
– Milho verde: 14,16%
– Maionese: 24,40%
– Refrigerante: 8,05%
– Água mineral: 8,05%
– Cerveja: 9,20%
– Óleo de soja: 35,73%
– Bolo: 25,20%
– Salsicha: 12,64%
– Leites e derivados: 21,96%
– Maçã: 7,71%
– Farinha (de todos os tipos): 19,28%
– Tomate: 66,42%
– Carnes: 7,80% (destaques para contrafilé, 22%, e patinho, 11%)
NO MERCADÃO
Diante dos preços mais altos dos produtos usados na elaboração do cachorro-quente, como tomate e maionese, da pipoca, como o óleo de soja, e de diversas receitas que usam o leite e os derivados, os consumidores lamentam.
Circulando pelo Mercado Municipal de Campinas, Vanda Aparecida brinca com a situação. “Vai se uma festa bem pobrezinha, porque tá tudo caro. O molho vai ser bem ralinho. A cebola tá cara também. Vamos ter que usar pouco”, diz.
Já a dona de casa, Nilza da Silva, decidiu não fazer a festa. “Não vai ter como fazer. Eu já não costumo mesmo. Então, mais uma vez não vou fazer”, conta.
PRATO FEITO
Os reajustes nos preços dos produtos que compõem os pratos feitos nos últimos 12 meses também deixaram a refeição até cara em Campinas. Lidando com os aumentos, os comerciantes lamentam o lucro menor.
De acordo com a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o custo do tomate subiu 83,29%, o da batata, 50,05%, e o da alface, 49,80%, em um ano. Somente o arroz teve queda de 12,86% no período.