A Polícia Civil disse nesta quinta-feira (23) vai pedir a exumação do corpo que seria de Maria Aparecida Cardoso, de 74 anos, que morreu no último dia 21 no HES (Hospital Estadual de Sumaré) e que teria sido enterrado por outra família em Campinas.
O erro foi reconhecido pela funerária Grupo Serra no mesmo dia do sepultamento, ontem (22).
A informação da exumação foi confirmada pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), que detalhou que será pedida uma “autorização judicial para exumação” e que o caso é “investigado pelo 2º DP de Sumaré”.
A nota diz ainda que “diligências prosseguem visando ao esclarecimento dos fatos”. Já a funerária disse em comunicado que a “equipe do Grupo Serra continua atuando junto à autoridade competente de quem espera obter o quanto antes a autorização para exumação do corpo da paciente”.
O procedimento em Campinas, no entanto, deve ser feito pela Setec (Serviços Técnicos Gerais).
ENTENDA O CASO
O caso veio a público depois que a família de Maria percebeu no velório que ela não estava no caixão. O corpo teria sido trocado por outra mulher, de 71 anos, que teve o óbito constatado e confirmado no mesmo dia depois de passar por atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Macarenko.
Segundo o Grupo Serra, o corpo de Maria Aparecida foi retirado do HES e estava com uma etiqueta com nome, data de falecimento, horário e hospital de origem. Já o da idosa de 71 anos que faleceu na outra unidade de saúde estava com “uma etiqueta em branco e um papel solto com a identificação”.
A funerária alegou ainda que a família da senhora que faleceu na UPA realizou o funeral um dia depois do óbito, no dia 22 e “recebeu o corpo apresentado como de sua familiar e avaliou positivamente o atendimento”. Após análises do circuito de vídeo, porém, “foi possível constatar o erro” e a “troca dos corpos”.
A OUTRA IDOSA
Ainda conforme informações da funerária, o corpo da mulher morta na UPA foi de fato sepultado na manhã desta quinta (23) no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Campinas. A família dela foi ao 1º Distrito Policial da cidade para complementar o boletim de ocorrência registrado no dia anterior pela família da paciente que morreu no Hospital Estadual.
FUNERÁRIA LAMENTA
Após constatar o erro, a empresa responsável se explicou em um posicionamento oficial no qual disse que “lamenta profundamente o ocorrido e compromete-se integralmente com os esclarecimentos deste caso, cujas conclusões dependem de informações ainda a ser levantadas pela análise feita a partir do inquérito policial em curso”.
Ainda de acordo com a nota, é “imensurável o sofrimento causado e nos colocamos inteiramente à disposição para receber as famílias. A família Serra está profundamente solidária, prestamos toda nossa solidariedade às famílias e pedimos sinceras desculpas”.