Com informações da Agência Estado
O Real Madrid anunciou nesta sexta-feira (29) a renovação de contrato com o técnico Carlo Ancelotti por mais duas temporadas. A confirmação da ampliação do vínculo entre as partes foi feita no Twitter e frustra os planos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de contar com ele no comando da Seleção.
O acerto entre a entidade e o italiano era dado como certo desde a saída de Tite do cargo, logo após a Copa do Mundo do Catar. Com o desfecho, Ancelotti deve seguir a frente do time espanhol até 2026 e o Brasil deve continuar sob o comando de Fernando Diniz, que também atua como treinador do Fluminense.
Presidente afastado da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse mais de uma vez que tinha acerto com o técnico italiano para assumir a Seleção a partir da metade de 2024, quando o antigo contrato com o Real chegaria ao fim. A expectativa, inclusive, era de que ele conseguisse comandar o Brasil durante a Copa América.
Na postagem sobre a renovação, os espanhóis exaltaram o currículo do treinador. “Em suas cinco temporadas como técnico, ele ganhou 10 títulos: duas Liga dos Campeões, dois Mundiais de Clubes, duas Supercopas da Europa, um Campeonato Espanhol, duas Copas do Rei e uma Supercopa da Espanha”, disse.
Crise na CBF
O anúncio acontece em um momento de crise e instabilidade na CBF, após o afastamento de Ednaldo, em decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), no início do mês. O comando temporário hoje é de José Perdiz de Jesus, então presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Ednaldo vem tentando retomar seu posto na Justiça, mas só sofreu derrotas recentemente, tanto no STJ (Superior Tribunal de Justiça) quanto no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente afastado considerava o italiano Carlo Ancelotti o futuro treinador da Seleção Brasileira, em substituição a Fernando Diniz, contratado por um prazo definido de um ano, em julho deste ano.
Na ocasião, Ednaldo anunciou também publicamente Ancelotti, que assumiria o cargo a tempo da Copa América, marcada para o fim de junho de 2024. “Então, (Diniz) é um treinador que realmente a proposta de jogo dele é quase parecida também com a do treinador que assumirá a partir da Copa América, o Ancelotti. Tem quase o mesmo tipo de proposta de jogo”, declarou Ednaldo, na época.
Apesar das declarações do então mandatário da CBF, Ancelotti vinha se esquivando publicamente. Questionado diversas vezes sobre o seu futuro em entrevistas coletivas no Real, o italiano evitava confirmar qualquer acerto com a seleção brasileira. Em resposta, Ednaldo minimizava a postura do treinador. “É um detalhe dele. Isso aí, só ele para responder”, chegou a comentar, inclusive.
A instabilidade no comando coincide com uma crise dentro de campo. Diniz enfrenta dificuldades para aplicar seu estilo no time nacional. Em seis jogos no comando da equipe, o treinador soma duas vitórias, sobre as modestas seleções da Bolívia e do Peru. O time vem de quatro jogos sem triunfos, sendo três derrotas consecutivas, o que derrubou a seleção para um perigoso sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.
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