A Copa do Mundo mexe com o sentimento do brasileiro e faz parte da história de muitas famílias, que acabam tendo diversas histórias curiosas com o Mundial de futebol. Na região de Campinas não é diferente. Tem família que coleciona artigos nas cores verde e amarela para torcer forte para o Brasil e também tem família de gêmeos que nasceram em dia de partida da Seleção.
E imagina um bebê que saiu da maternidade vestindo as cores do Brasil? No hospital ficou conhecido como ‘bebê brasileiro’ e tinha o enxoval inteiro nas cores brasileiras. A emoção da Copa do Mundo é mesmo parte da cultura brasileira.
Confira abaixo as histórias curiosas dessa paixão que faz o país torcer junto pela vitória.
FAMÍLIA EM CLIMA DE COPA
Melhor do que torcer sozinho, é torcer em família? Para a matriarca e dona de casa Maria Inês Romano, essa frase é a que define a Copa do Mundo para ela e os membros da família. Eles colecionam toda a sorte de itens nas cores verde e amarelo: bandeiras, chapéu, vuvuzela, mascotes de pelúcia e camisetas.
“Começou lá nos anos 90, daí a gente começou a reunir a família, os mais próximos. Se era de tarde o jogo, a gente fazia café da tarde, fazia pipoca, amendoim. Começou desse jeito. E a cada Copa fomos juntando mais coisa. Cada um compra alguma coisa… mas, é mais minha filha é quem compra”, contou ela, rindo.
Para a filha e pedóloga Gislaine Aparecida Romano de Toledo, a união da família vale a pena. “Porque é muita união entre amigos, família, a gente se reúne e torce muito pelo nosso país”, disse.
O empresário Waldemar Toledo conta ainda que quando podia sair mais cedo do trabalho, em dia de jogo da Seleção, todos se reuniam para fazer o famoso churrasco. “Quando não dava, era um almoço básico. E trazíamos os colegas de trabalho junto”, contou.
Há semanas, os itens verde e amarelo já estão espalhados na casa, inclusive em fotografias tiradas durante os momentos de torcida. “A primeira Copa que eu lembro foi de 1994, tem uma foto minha e do meu pai. Ele faleceu em 2020, na pandemia de covid. E desde criança a gente sempre assistiu e agora fui convidado para assistir junto”, contou Jonathan Frederick, escrevente de cartório.
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GÊMEOS ESTREAM EM JOGO DO BRASIL
A Copa do Mundo começou bem cedinho para os gêmeos de Campinas Lucca e Alice Schoqui Machado. Foi ainda na maternidade, em junho de 2014. Isso mesmo: eles nasceram em dia do jogo do Brasil. “A Copa do Mundo é importante pois foi o ano que a gente nasceu”, disse Lucca, hoje com 8 anos.
Na época, a mãe Fabiana Schoqui conta que estava grávida enquanto o marido estava em um dos jogos do Brasil, no Rio de Janeiro. “Aí minha bolsa estourou. Liguei pro meu marido e falei que tinha estourado. Ele no Rio, sem conseguir passagem pra voltar, justamente por conta do jogo do Brasil. O aeroporto estava lotado e ele não conseguia voltar”, disse.
O pai Pedro Gustavo Pinheiro ficou aflito para conseguir chegar em Campinas o mais rápido possível. “Eu fiquei louco. Eles nasceram às 21h20. Então uma ansiedade… pessoas do mundo inteiro no aeroporto, lotado, atrasou voos pro Brasil inteiro. Fiquei aguardando e consegui pegar o voo 1h30. O coração já estava na boca, a mil”, disse.
Daquele dia em diante, as participações do Brasil no campeonato mundial entraram para o arquivo da família. “Toda Copa é uma alegria, porque a gente lembra do dia do nascimento deles e do período todo. Porque eles ficaram 12 dias na UTI Neonatal, por serem prematuros. A gente acompanhou a Copa no hospital e torcia pra não ter rojão e acordar as crianças. A gente lembra com muito carinho”, contou Fabiana.
Inclusive, no aniversário dos gêmeos de 4 anos o tema foi o mais adequado para as crianças: a Copa do Mundo. “Era a Copa de 2018. Agora mudou o mês, mas adoramos receber os amigos e com certeza vamos assistir juntos, reunir amigos das crianças também. Vamos comemorar todo mundo junto!”, disse ela.
‘BEBÊ BRASILEIRO’
Em Artur Nogueira, o nascimento de um bebê não teve aquele momento clássico de escolher entre a cor azul ou a rosa. Nas fotos e memórias da família, é tudo verde, amarelo, branco e azul. E o período da Copa do Mundo é o motivo perfeito para relembrar, incluindo a foto que mostra o enxoval nas cores do Brasil no quartinho do recém-nascido.
Segundo a mãe Juliana Cristina Queiroz, a escolha aconteceu por conta de ela torcer pelo Corinthians e o marido para o Palmeiras.
“Então a gente pensou em unir as torcidas e fazer tudo em verde e amarelo. Isso para não ter briga e não ter diferenças. Além do kit berço, a gente fez a cama, que seria da babá, tudo em verde amarelo. O tapete era como se fosse um campo de futebol. Preparamos todas as coisas nos mínimos detalhes. O pai e a mãe sonham quando nasce um bebé, né? E foi uma realização muito grande. Até na maternidade ele foi conhecido como ‘bebê brasileiro'”, contou Juliana.
“Desde pequeno minha mãe incentivou a torcer e até quando eu nasci o enxoval foi nas cores do Brasil. Eu nasci em 2005 e no ano de 2006 tinha a Copa”, contou o filho Pedro, hoje com 17 anos.
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