O governo federal formalizou nesta terça-feira (8) a nomeação do economista e professor Marcio Pochmann para exercer o cargo de presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2012 e 2016, Pochmann disputou a Prefeitura de Campinas, mas perdeu. Nas últimas semanas, o acidade on mostrou que a escolha para o Instituto foi apoiada pelo diretório do PT em Campinas, além da reitoria da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pela direção do IE (Instituto de Economia) da universidade, onde Pochmann é professor titular aposentado e colaborador.
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A nomeação
A decisão está no Diário Oficial da União (DOU) em portaria assinada pela Casa Civil da Presidência.
O nome de Pochmann para comandar o IBGE foi anunciado pelo Palácio do Planalto no fim de julho, o que não agradou muitos agentes do mercado por, segundo eles, representar risco de aparelhamento partidário e de comprometimento do perfil técnico da instituição.
O órgão é subordinado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, liderado por Simone Tebet, que disse não ter participado da escolha, mas também enfatizou, logo no dia seguinte ao anúncio, que não iria se opor à decisão e que teria prazer em atender ao primeiro pedido pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Repercussão
A confirmação do nome do economista Marcio Pochmann para presidir o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada movimentou o governo e o cenário político. Alvo de resistência, a escolha foi apoiada pelo diretório do PT em Campinas. “A vida acadêmica e profissional de Márcio demonstra que será um grande acerto”, justificou em nota.
O professor e economista substituirá Cimar Azeredo, funcionário de carreira, ex-diretor de Pesquisas do IBGE e que atuava de forma interina desde 3 de janeiro. “O Marcio Pochmann vai ser o novo presidente do IBGE e não tem nenhum ruído quanto a isso”, disse Pimenta.
Quem é?
Figura ligada ao PT, Pochmann presidiu o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo (fundação do PT voltada a estudos, debates e pesquisas). De 2007 a 2012, comandou o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Em 2012 e 2016, disputou a prefeitura de Campinas, mas perdeu. Em 2018, coordenou o programa econômico do então presidenciável Fernando Haddad.
No fim do ano passado, após a eleição de Lula, fez parte da equipe de transição. Membro da corrente de economistas ligada à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), caracterizada pela defesa do desenvolvimentismo e da indústria nacional, Marcio Pochmann acumula em sua trajetória várias pesquisas nas áreas de desenvolvimento, políticas públicas e relações de trabalho.
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