Acompanhar a legislação, conhecer o mercado e, claro, ter o apoio de uma consultoria
jurídica, é essencial. Será que sua empresa atende todos esses requisitos?
Amigos, amigos… negócios à parte. Quem é que nunca ouviu ou repetiu a famosa expressão
popular que surge como um alerta dos ‘cuidados’ que todos devemos ter quando o assunto é
vida financeira?
A verdade é que a frase está sempre atual quando se trata da rotina do direito empresarial. E
não por coincidência, ao longo de 2022, que já está no clima de despedida, temas relacionados
às sociedades empresariais, aos empréstimos e especialmente formas de se atrair investidores
foram recorrentes.
Em um ambiente no qual o surgimento de novas startups é constante, assim como o sonho de
ser uma empresa unicórnio é cada vez mais real os detalhes sobre finanças, destaco, detalhes
jurídicos, são de extrema importância.
Mas não pensem os pequenos e médios empresários que o tema está longe deles. Não basta
muito esforço para se deparam com notícias e estudos que reforçam a participação na
economia das PMEs.
Como exemplo, cito o levantamento recente realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequena Empresas (Sebrae) segundo o qual, em outubro, os pequenos negócios foram
responsáveis por cerca de oito a cada dez novas vagas de trabalho criadas no país.
O saldo positivo de empregos gerados por empresas de todo tipo porte no país, nesse período,
foi de 159.454, sendo que os pequenos negócios respondem por 125.114 das contratações
(78,5%).
E isso ocorreu pelo décimo mês consecutivo, ou seja, em 2022 tem sido uma constante que as
micro e pequenas empresas apresentem saldo positivo na geração de empregos no país.
Segundo o Sebrae, no acumulado de 2022, o país contabiliza 2,3 milhões de novos postos de
trabalho – desses, 1,661 milhão (71,6%) por meio de micro e pequenas empresas.
Como comparação, a participação de médias e grandes na geração de empregos é de 22%, com
513 mil contratações.
Mas, de volta ao paragrafo inicial, com a relação de todo esse cenário com a famosa expressão
popular? A resposta é mais simples do que parece: não há mais espaço para falta de
conhecimento quando falamos em dinheiro, seja para pegar emprestado ou para emprestar.
A “camaradagem”, ou “amigos, amigos”, precisa estar fora do contrato. Os negócios são
ferramentas importantes para mover nossa economia e a dinâmica do mundo moderno não
permite falhas.
A dica é acompanhar a legislação, conhecer o mercado e, claro, ter o apoio de uma consultoria
jurídica. Será que sua empresa atende todos esses requisitos?
Juliana Bertani: é advogada e sócia do escritório BPN Advogadas