O recém-empossado “superministro” da Argentina Sergio Massa, à frente também da Economia, anunciou na noite desta quarta-feira, 3, um conjunto de medidas econômicas para o país. Entre elas, está o comprometimento com a meta de déficit fiscal de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, estabelecida no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Vamos fazer tudo o que for necessário para honrarmos a palavra que foi dada”, assegurou, em coletiva de imprensa.
Além disso, entre outras medidas, Massa anunciou que pediu ao secretário do Tesouro para não usar o saldo de adiantamentos para o restante do ano; o congelamento da planta de funcionários públicos; o aumento das tarifas de eletricidade e gás para reduzir os subsídios à energia.
Massa também afirmou que defenderá “cada dólar de cada argentino”, a partir do incentivo de exportações; buscar mais investimentos em setores estratégicos da economia, como mineração, agronegócio e petróleo e gás; fornecer benefício especial aos setores agrícola, pesqueiro e de mineração para melhorar as reservas do Banco Central e conseguir apoio do FMI para reforçar as reservas. O novo ministro também comentou que implantará uma política de reorganização dos planos sociais no próximo ano.
De acordo com Massa, seu plano econômico tem quatro objetivos principais: promover a ordem fiscal; sustentar o superávit fiscal; fortalecimento das reservas e desenvolvimento com inclusão social.
“As medidas que tomarmos vão se basear nisso e hoje vamos lançar medidas que não são as únicas. Nos próximos dias teremos mais. A Argentina tem a oportunidade de se tornar um grande jogador”, afirmou. “Temos que enfrentar a inflação com determinação, pois é a maior fábrica de pobreza que tem em um país”, completou.