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EconomiaBolsa cai com crise da Covaxin e impasse na Opep

Bolsa cai com crise da Covaxin e impasse na Opep

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O mercado financeiro reagiu, mais uma vez, a denúncias envolvendo o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e ao cancelamento das negociações da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), nesta segunda-feira (5).

O dólar subiu 0,65%, a R$ 5,0870, maior valor desde 11 de junho. O dólar turismo está a R$ 5,2400.

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“As denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas pelo governo federal seguem gerando maior estresse no mercado, vide o dólar que chegou a atingir R$ 5,09 na máxima do dia”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

O TCU (Tribunal de Contas da União) deu prazo de dez dias para que o Ministério da Saúde apresente documentos sobre o contrato com a Precisa Medicamentos para a aquisição da vacina indiana Covaxin contra Covid-19.

“Temos uma crise política instalada, o que gera temor e cautela, levando o dólar a subir”, afirma Vanei Nagem, responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos.

O real foi a moeda emergente que mais se desvalorizou na sessão, de relativa estabilidade do dólar ante as principais moedas globais.

O pregão foi de liquidez reduzida, sem negociação em Wall Street devido a feriado nos Estados Unidos. Na sexta (9), é o pregão brasileiro que não funcionará com feriado em São Paulo pelo Dia da Revolução Constitucionalista.

O Ibovespa fechou em queda de 0,55%, a 126.920,05 pontos. A queda da Bolsa brasileira vem após o índice fechar em alta de 1,56% na última sexta (2).

Nesta segunda, o Ibovespa foi impactado pela queda de cerca de 1% da Petrobras, após ministros da Opep+ cancelarem as negociações do grupo sobre sua política de produção de petróleo.

Na semana passada, o grupo havia atingido um impasse com os Emirados Árabes Unidos se opondo a uma extensão de oito meses às restrições de oferta. Segundo a agência de notícias Reuters, não houve progresso em solucionar a questão nesta segunda, e a reunião foi cancelada. Nenhuma nova data foi acordada.

O insucesso para um acordo significa que um esperado aumento de produção a partir de agosto não vai acontecer.

A alta na produção era aguardada para ajudar a acalmar os preços do petróleo, que têm operado em máximas de dois anos e meio, com o Brent (referência internacional do óleo) a US$ 77 por barril, uma alta de 1,3% nesta segunda.

Esses preços têm gerado temores com a possibilidade de a inflação prejudicar a recuperação global após a pandemia de coronavírus.

No ano passado, a Opep+ fechou um acordo para retirar cerca de 10 milhões de barris por dia (bpd) do mercado, diante dos efeitos da pandemia. Esses cortes de produção têm sido flexibilizados gradualmente, e neste momento atingem cerca de 5,8 milhões de bpd.

Os Emirados Árabes, concordaram na sexta com a Arábia Saudita e outros membros da Opep+ em uma proposta de que a produção seja elevada por fases, em cerca de 2 milhões de bpd, entre agosto e dezembro. O país rejeitou, no entanto, que os cortes remanescentes de oferta sejam prorrogados até o final de 2022, ante pacto atual que prevê o fim das restrições em abril do ano que vem.

Os Emirados Árabes Unidos estão descontentes com a base a partir da qual seus cortes de produção estão sendo calculados e querem aumentá-la, já que foram investidos bilhões de dólares para aumentar a capacidade de produção.

Na visão do sócio e superintendente de operações da mesa de renda variável da Blue3, Bruno Moura, um desfecho assim em um encontro tão relevante acaba aumentando a percepção de risco político e pesando nas Bolsas.

Ele também chamou a atenção para a agenda da semana, com divulgações como a ata da reunião do Fed (banco central americano) do mês passado, quando foi antecipada para 2023 a projeção para o primeiro aumento de juros pós-pandemia.

Neste pregão, a ação preferencial (mais negociada) do Bradesco recuou 2,08% e o Itaú Unibanco perdeu 1,37%, tendo ainda de pano de fundo preocupações com os efeitos das medidas propostas na segunda fase da reforma tributária, que visa taxar dividendos.

Já a Grendene, que não está no Ibovespa, avançou 1,51%, após anunciar acordo com a gestora 3G Radar para uma joint venture para distribuir e comercializar produtos da dona das marcas Melissa e Ipanema no exterior.

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