O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) ficou praticamente estável em janeiro e fechou o mês em R$ 5,616 trilhões (variação positiva de 0,05%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Tesouro Nacional.
Em dezembro, o estoque estava em R$ 5,613 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 32,79 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 30,22 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,33% em janeiro e fechou o mês em R$ 5,366 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 5,77% maior no mês, somando R$ 215,21 bilhões.
Parcela de títulos prefixados
A parcela de títulos prefixados na DPF caiu em janeiro, a 26,89%. Em dezembro, estava em 28,90%. Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia, de 36,83% para 38,43%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 26,89% do estoque da DPF em janeiro, ante 28,90% em dezembro. Os papéis cambiais tiveram redução na participação na DPF de 4,96% em dezembro para 4,72% em janeiro.
Todos os papéis ficaram dentro das metas do PAF para o ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2022 vai de 38% a 42%. Para os pré-fixados, o intervalo é de 24% a 28%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Doze meses
O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 21,02% em dezembro para 23,76% em janeiro.
O prazo médio da dívida passou de 3,84 anos em dezembro para 3,89 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF diminuiu de 8,91% ao ano em dezembro para 8,61% em janeiro.
Participações
A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu levemente em janeiro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,56% em dezembro para 10,53% no mês passado.
O valor do estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros, no entanto, subiu, somando R$ 565,37 bilhões em janeiro. No fim de 2021, estava em R$ 564,97 bilhões. A maior participação no estoque da DPMFi ficou novamente com as instituições financeiras janeiro, com 28,76%, ante 29,45% em dezembro.
Na sequência, os fundos de investimento elevaram a participação de 23,97% para 24,30% de um mês para o outro. O grupo Previdência passou de 21,74% em dezembro para 21,82% em janeiro e as seguradoras passaram de 3,88% para 3,91% na mesma comparação.
Reserva de liquidez
A reserva de liquidez mantida pelo Tesouro Nacional para fazer frente aos vencimentos da DPF apresentou redução de 4,51% em janeiro. O chamado “colchão” da dívida passou de R$ 1,185 trilhão em dezembro para R$ 1,132 trilhão em janeiro.
Em relação a janeiro de 2021, quando somou R$ 805,68 bilhões, houve aumento de 40,56%.