O Grupo Fleury registrou lucro líquido de R$ 110,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa queda de 6,9% ante o mesmo intervalo de 2021.
Por outro lado, a rede de laboratórios registrou Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 326,6 milhões no trimestre, alta de 14,4% ante o mesmo período do ano passado. A margem Ebtida teve queda de 198 pontos-base, passando de 31,9% para 30%.
A receita líquida registrada foi de R$ 1,089 bilhão entre janeiro e março, com avanço de 21,9% ante o mesmo intervalo de 2020. A empresa alcançou geração de caixa operacional de R$ 62,7 milhões no trimestre, com queda de 68,5% ante igual intervalo de 2021.
A presidente do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, afirmou que a empresa manteve o ritmo de crescimento, e mantém a estratégia de fortalecer seu ecossistema de saúde.
“Temos executado com muita disciplina a estratégia de manter crescimento em medicina diagnóstica, tanto de forma orgânica quanto via aquisições, crescer em novos elos, que neste trimestre vão representar 6,8% do total da receita, e uma disciplina muito grande com relação a custos e despesas”, afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Custos
Os custos dos serviços prestados apresentaram nova alta anual de 26,2% no período, a R$ 765,2 milhões, embora tenha reduzido a participação no consumo da receita líquida de 70,2% para 67,9%.
Mais uma vez, pesou o crescimento das despesas com pessoal e serviços médicos, que avançou 28,5%, consequência principalmente da regularização de estrutura de pessoal para manutenção de nível de atendimento das unidades.
Além disso, o custo de material direto e intermediação de exames cresceu 33,5%, refletindo principalmente a mudança de mix pela incorporação do Centro de Infusões Pacaembu (CIP) e respectivo aumento dos custos com medicamentos.
“Estamos com bastante foco em gestão de custos, seja para otimização, redução ou negociações com fornecedores. Vimos até mesmo a melhora do porcentual da receita, porque eles aumentam de acordo com o crescimento da receita. Quando olhamos custo, elas aumentam por causa desses fatores”, aponta o CFO do Fleury, José Antonio de Filippo.
A dívida líquida do Fleury ao fim de março chegou a R$ 1,545 bilhão, crescimento de 9,5% ante o quarto trimestre de 2021. A alavancagem medida pela relação da dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses ficou em 1,4 vez, avanço de 0,1 vez. O capex somou R$ 66,5 milhões, crescimento anual de 29,6%.
“Havia ainda uma parte (dos investimentos) represada de 2020: ele cresceu um pouco na comparação, mas tem o mesmo perfil, com metade voltada para digital e TI, algo importante dentro da nossa estratégia de operação, enquanto a outra metade é para renovação de equipamentos e unidades”, afirma Filippo.