O G-20 publicou comunicado, após reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do grupo. As autoridades notam que, nos últimos meses, a recuperação global tem continuado “em um ritmo sólido”, apoiada pelo avanço da vacinação e pelo “continuado apoio político”. Essa recuperação, contudo, segue “altamente divergente entre e dentro dos países e exposta a riscos de baixa”, advertiu o G-20, em particular pela “possível disseminação de novas variantes da covid-19 e pelos ritmos desiguais de vacinação”.
Os países reafirmam sua disposição de utilizar “todos os instrumentos disponíveis” para lidar com consequências adversas da covid-19, em particular nos mais afetados, como mulheres, jovens e trabalhadores informais e com baixa qualificação, bem como na questão das desigualdades. “Nós continuaremos a sustentar a recuperação, evitando qualquer retirada prematura de medidas de apoio, enquanto preservaremos a estabilidade financeira e a sustentabilidade fiscal no longo prazo”, afirma o G-20.
Os bancos centrais do grupo “monitoram a dinâmica atual de preços de perto”, ressalta o grupo. O G-20 diz que olhará para além de pressões transitórias dos preços e diz que os BCs agirão conforme necessário para cumprir seus mandatos, incluindo a estabilidade de preços.
O grupo afirma ainda estar determinado a controlar a pandemia “o mais rápido possível” e diz que ajudará a enfrentar gargalos e a falta de instrumentos contra a covid-19 em países de rendas média e baixa nos próximos meses. “Nós reconhecemos o papel da imunização contra a covid-19 como um bem público global”, afirma o comunicado.
O G-20 diz ainda que há acordo no grupo para coordenar esforços a fim de enfrentar desafios globais como a mudança climática e a proteção ambiental, bem como para promover a transição rumo a economias e sociedades “mais verdes, mais prósperas e inclusivas”, além de citar o enfrentamento à perda de biodiversidade como “uma prioridade urgente”.
O comunicado destaca ainda que o G-20 encoraja o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outras entidades a continuar a aprofundar a análise sobre o papel potencial de moedas digitais emitidas por bancos centrais, para permitir pagamentos para além das fronteiras nacionais e também “suas implicações mais amplas para o sistema monetário internacional”.