A atividade econômica brasileira recuou pelo segundo mês consecutivo em setembro. O Banco Central informou nesta terça-feira que seu Índice de Atividade (IBC-Br) caiu 0,27% em setembro ante agosto, na série já livre de influências sazonais. Em agosto, a queda havia sido de 0,29% (dado revisado nesta terça).
De agosto para setembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,93 pontos para 138,56 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde dezembro do ano passado (138,27 pontos).
A queda do IBC-Br ficou levemente melhor que a mediana, de recuo de 0,30%, das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,80% e avanço de 0,20%.
Já na comparação com setembro de 2020, houve crescimento de 1,52% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 139,21 pontos em setembro, o melhor desempenho para o mês desde 2014 (148,12 pontos).
O indicador de setembro de 2021 ante o mesmo mês de 2020 mostrou desempenho pior do que a mediana, que era de avanço de 1,80%. Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast esperavam crescimento entre 0,40% e 2,90%.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%. Esta estimativa foi atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em setembro.
No último Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça pelo BC, a projeção é de crescimento de 4,88% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.