Considerado importante setor para turbinar o crescimento do País, a infraestrutura vive dois mundos: o de ativos concedidos para a iniciativa privada, e que exigem investimentos em contrato, e aqueles que continuam sob a gestão do Estado, cujo orçamento está cada vez mais apertado.
Um exemplo é o setor de rodovias. Entre 2016 e 2020, o investimento médio da iniciativa privada foi de R$ 7,2 bilhões e do setor público, de R$ 8,9 bilhões.
“A questão é que as malhas são distintas, a malha privada é bem menor do que a federal”, diz o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte, Bruno Batista.
Isso representa cerca de R$ 381 mil por quilômetro ao ano de investimento privado e R$ 163 mil do público. “O resultado é que a malha pública é muito mal avaliada: 55% das estradas são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Da iniciativa privada, 74% da extensão é avaliada como ótima ou boa.”
Batista diz que a falta de investimento nas rodovias tem reflexo direto no custo do frete e da população. Com estradas em situação precária, o consumo de combustível e o número de acidentes aumentam. “O cenário é ruim. A infraestrutura rodoviária está se deteriorando.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.