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EconomiaMarca mais barata é a solução para conseguir comprar o básico

Marca mais barata é a solução para conseguir comprar o básico

Marca mais barata é a solução para conseguir comprar o básico

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Isabely Louzada, de 22 anos, mãe da Olívia, de 3 anos, é de uma geração que nunca tinha sentido no bolso uma disparada tão forte da inflação. O Plano Real, que trouxe a estabilização dos preços, entrou em vigor em julho de 1994, quando ela ainda não era nascida.

Apesar de não ser “escolada” para lidar com a alta de preços como a avó e o tio, com quem ela mora, Isabely já aprendeu os macetes para driblar a inflação de alimentos e itens de higiene e limpeza. “Tudo o que a gente escolhe é da ‘marba’, a marca barata”, brinca, relatando que tem trocado sucessivamente a marca de produtos. O sabão Omo de lavar roupa, por exemplo, foi substituído pelo Ariel e este pelo Tixan. A escolha depende de qual marca está em promoção no dia da compra.

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Isabely observa que antes da pandemia os preços nos supermercados já estavam elevados. Mas, na sua opinião, ainda era possível levar o básico necessário. “Na época, a gente conseguia comprar carne, iogurte, Toddynho e algumas besteiras se tivesse vontade.”

Hoje, a situação é diferente. Quando se coloca no carrinho tudo o que deseja, a compra passa de R$ 1 mil e fica inviável para ela. Carne bovina praticamente a família não consome mais, só a moída, em pacotinho, que é de segunda. “Bife, carne de panela, são raríssimos, não comemos faz um bom tempo.” No lugar da carne, ela optou pelo frango e ainda o mais barato.

Também a bolacha recheada, que às vezes comprava, saiu da lista do supermercado. Hoje é só torrada e biscoito de água e sal, e do mais simples. As duas caixas de leite com 24 litros, que eram consumidas principalmente pela filha, foram cortadas pela metade.

Como profissional autônoma que trabalha nas áreas de confeitaria e de estética, a renda de Isabely oscila muito. Tem meses que tira entre R$ 3 mil e R$ 4 mil e em outros, como foi em janeiro deste ano, um pouco mais de R$ 1 mil. Sem recursos para a matrícula, ela teve de trancar a faculdade de fisioterapia neste semestre. “A gente vive numa corda bamba e tem que pender cada hora para um lado para não cair no buraco e se afundar.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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