Depois de uma forte recuperação em 2021, o crescimento das maiores economias da América Latina deve moderar para taxas de tendência, com a produção da maior parte dos países retornando aos níveis pré-pandemia ao fim de 2022, avalia a Moody’s. Segunda a agência, a perspectiva de crédito para a região em 2022 é estável, representando uma melhora em relação à perspectiva negativa em 2021.
“Projetamos que os déficits fiscais irão diminuir e as taxas da dívida gradualmente ficarão estáveis, à medida que as medidas fiscais implementadas para conter os efeitos da pandemia sejam retiradas e o desempenho da receita melhore”, diz o vice-presidente da agência de classificação de risco, Samar Maziad.
Em relatório, a Moody’s afirma que, apesar dos encargos mais elevados de dívidas para a maioria dos países latino-americanos, a expectativa é que as métricas de viabilidade da dívida continuem similares aos níveis observados antes da pandemia. Na projeção da agência, os países que enfrentam pressões de financiamento no curto prazo e onde os desequilíbrios permanecerão amplos serão exceções.
“A pandemia aumentou as tensões sociais e os riscos políticos na região, gerando pressões que complicarão a gestão fiscal e a formulação de políticas em geral”, observa. Estruturas políticas mais fortes e redes de segurança social eficazes apoiarão os países a conter os riscos políticos e responder aos desafios de modo eficaz, diz a Moody’s.