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EconomiaPaís tem maior consumo de energia elétrica para fevereiro desde 2004, diz EPE

País tem maior consumo de energia elétrica para fevereiro desde 2004, diz EPE

País tem maior consumo de energia elétrica para fevereiro desde 2004, diz EPE

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O consumo nacional de energia elétrica em fevereiro foi o maior da série histórica para o mês desde 2004, atingindo 41.794 gigawatts-hora (GWh), avanço de 1,3% em relação ao mesmo mês de 2021, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O motivo, segundo a autarquia, foi a continuidade do crescimento de consumo da classe comercial.

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta (+5,5%) no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica retraiu (-1,1%).

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Em fevereiro, o consumo de energia elétrica da classe comercial cresceu 7,4% comparado ao mesmo mês do ano passado, atingindo 7.985 GWh. A alta segue o bom desempenho do setor de serviços, que subiu 9,5% em janeiro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do aumento do consumo, o valor é menor do que o que foi registrado antes da pandemia de covid-19 no Brasil, em fevereiro de 2019 (8.039 GWh), observou a EPE.

Classe comercial

Todas as regiões do País tiveram aumento no consumo da classe comercial no mês de fevereiro. Assim como no mês anterior, a região Sul (+11,3%) continua liderando a expansão, seguida pelo Norte (+11,9%), Sudeste (+6,5%), Centro-Oeste (+4,7%) e Nordeste (+3,3%).

Entre os Estados da Federação, as maiores taxas de consumo da classe no País, ocorreram no Amazonas (+34,2%) e em Minas Gerais (+29,4%). Contudo, a maior retração foi registrada no Amapá (-15,8%).

Indústria

Já o consumo de eletricidade na indústria teve leve alta, de 0,1%, indicando estabilidade em relação a fevereiro de 2020. Ainda assim, registra o maior consumo para o mês dos últimos seis anos, com 14.354 GWh.

A região Sul (+4,3%) foi quem mais elevou seu consumo no período, ao passo que Nordeste (+0,4%) e Centro-Oeste (+0,3%) cresceram apenas marginalmente. Já o Norte (-4,6%) e o Sudeste (-0,9%) apresentaram retração. Alagoas (+58,2%) tem novamente a maior taxa de expansão, ainda efeito da gradativa retomada em 2021 da produção de cloro-soda no Estado.

O comportamento dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria ficou dividido: metade dos ramos elevou o consumo, enquanto a outra metade retraiu. Produtos alimentícios (+119 GWh; +6,5%) teve a maior expansão; seguido por papel e celulose (+99 GWh; +14,2%), que elevou o consumo no SIN principalmente pela parada programada em uma planta no Sul do país; e produtos químicos (+69 GWh; +4,6%), com destaque para cloro-soda em Alagoas.

O segmento de produtos têxteis apresentou a maior retração (-43 GWh; -7,9%); seguido por extração de minerais metálicos (-27 GWh; -2,9%), acompanhando a queda na cotação internacional do minério de ferro; e automotivo (-26 GWh; -4,9%), ainda impactado pela crise dos semicondutores e afastamentos de funcionários da linha de montagem pela variante Ômicron no início do ano.

Os resultados das exportações em fevereiro evidenciam a contribuição para o comportamento do consumo de eletricidade na indústria. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontou a carne bovina (+81,8%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (+40,5%) entre os produtos com expansão nas exportações. Enquanto isso, o minério de ferro (-43,9%) e alumínio (-88,4%) registraram queda.

Residências

Nas residências, o consumo de energia elétrica subiu 1,6% em fevereiro, após quatro quedas consecutivas, chegando ao valor de 13.022 GWh. O clima mais quente e seco na região Sul (+11,3%), resultado do fenômeno La Niña, contribuiu para o aumento do consumo da classe.

As regiões Norte (+3,4%) e Centro-Oeste (+3,3%) também apresentaram crescimento do consumo, porém em menor grau do que no Sul. Temperaturas mais elevadas e menor volume de chuvas em alguns Estados dessas regiões contribuíram para o comportamento do consumo.

Entretanto, as regiões Nordeste (-1,7%) e Sudeste (-0,8%) registraram queda. Amazonas (+21,1%), Roraima (+16,9%), Santa Catarina (+14,7%), Mato Grosso do Sul (+10,7%), Paraná (+10,0%) e Rio Grande do Sul (+9,8%) foram os Estados que mais se destacaram no crescimento do consumo. Por outro lado, Amapá (-35,8%), Ceará (-6,4%), Rio Grande do Norte (-5,7%) e Acre (-4,9%) registraram as maiores quedas no consumo.

No Amapá, ocorreram enchentes em decorrência de fortes chuvas e as temperaturas foram mais amenas no período, o que influenciou na elevada queda do consumo no Estado.

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