Em meio à redução do poder de compra da população brasileira, a caderneta de poupança fechou fevereiro de 2022 com saída líquida de R$ 5,350 bilhões, informou o Banco Central nesta segunda-feira, 7. Em janeiro, o volume de dinheiro retirado da aplicação foi o maior da história, de R$ 19,666 bilhões, segundo a série iniciada em 1995. Já em fevereiro de 2021, a saída de recursos da poupança foi de R$ 5,864 bilhões.
No mês passado, os depósitos somaram R$ 260,010 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 265,360 bilhões. Considerando o rendimento de R$ 5,220 bilhões no período, o saldo total da caderneta somou R$ 1,016 trilhão no fim de fevereiro.
Em 2021, a caderneta de poupança teve o terceiro pior desempenho anual da história, com retiradas líquidas de R$ 35,497 bilhões, após registrar recorde em 2020 (R$ 166,310 bilhões), em meio ao auxílio emergencial e à maior tendência das famílias de guardarem dinheiro no início da pandemia de covid-19.
Atualmente, com a taxa Selic a 10,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), atualmente em 0,067% ao mês (0,81% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17%). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.